Vai dar certo?
Com dificuldades nas compras e preços subindo, algumas indústrias dão férias coletivas na tentativa de reduzir pressão.
Boi gordo
O mercado físico do boi gordo tem enfrentado desafios em relação as escalas de abate encurtadas, alguns frigoríficos tentam driblar esse problema adotando a estratégia de conceder férias coletivas para os funcionários, como é o caso em Redenção/PA. O Tocantins liderou as valorizações do boi gordo, com um acréscimo de 3,47% no comparativo diário e 6,29% no comparativo semanal, com a arroba do boi gordo cotada a R$ 291,84/@. Na B3, a tendência altista predomina, com o contrato para jan/25 indicando um acréscimo de 1,07%, situando-se em R$ 308,20/@.
No mês que se encerrou (set/24) o suíno vivo registrou a terceira alta consecutiva dos preços. Com a demanda interna firme e um bom escoamento das exportações, os preços fluem com valorizações. Em Santa Catarina, o suíno vivo encerrou o período a R$ 8,24/kg, apresentando um aumento de 5,70% em relação a ago/24. Dessa forma, a média Brasil estabeleceu-se em R$ 8,35/kg, apontando uma valorização de 5,84%. Em relação ao leitão, também foi possível observar valorização (+1,40%), sendo precificada em R$ 14,45/kg. Quando olhamos para a parcial de out/24 vemos um aumento significativo (+15,43%), podendo consolidar o maior valor desde fev/23. Dessa forma, ao menos o suíno demonstra uma solidez de preços que não dificulta a alta da carne bovina.
Milho
O milho manteve sua trajetória de alta no mercado doméstico e atingiu o maior fechamento diário de 2024 em Campinas/SP, sendo cotado a R$ 71,36/saca em 24/10. Na B3, os futuros de milho ampliaram a sequência de avanços diários na última quinta-feira, influenciados pela valorização dos futuros da commodity em Chicago e pela demanda interna fortalecida no Brasil. O contrato novembro/24 (CCMX24) variou +0,82%, encerrando o pregão regular de 24/10 cotado a R$ 72,19/sc.
Os futuros de milho acumularam a quarta sessão consecutiva de alta na Bolsa de Chicago, reagindo ao expressivo dado de vendas semanais do milho norte-americano divulgado pelo USDA, que totalizou 3,603 milhões de toneladas até a semana encerrada em 17/10 na temporada 2024/25, acima das estimativas de mercado. O contrato dezembro/24 (CZ24) fechou a sessão diurna de quinta-feira cotado a US$ 4,22/bu, uma alta diária de 0,60%.
Soja
No mercado físico da soja, os preços permaneceram firmes, impulsionados pelos atuais patamares do dólar em relação ao real e pelo suporte nos prêmios de exportação. Em Paranaguá/PR, a oleaginosa foi negociada a R$ 144,28/saca nesta quinta-feira.
Movimentações mistas foram observadas para os futuros da soja em grão na última quinta-feira na CBOT. Mesmo com a forte alta do óleo de soja em Chicago e os bons números de vendas semanais da oleaginosa norte-americana reportados pelo USDA, a queda do farelo influenciou as cotações do grão, além das previsões de bons volumes de chuvas para importantes regiões do Brasil no curto prazo. O contrato novembro/24 (ZSX24) recuou 0,13% e finalizou a sessão regular de 24/10 cotado a US$ 9,96/bu.