Malabarismo de fatores no mercado de grãos
Apesar dos baixos patamares, CBOT tem leve recuperação na carona dos derivados e preços no Brasil se sustentam com prêmios em valorização e dólar. No milho, mercado segue firme atento ao clima e indefinição para o plantio da 2ª safra 2025.
Milho
Apesar da demanda aquecida para a commodity, os preços voltaram a estabilidade no mercado doméstico, encerrando em R$ 68,42 a saca na região de Campinas/SP. Na B3, os futuros de milho voltaram a registrar ganhos nesta quinta-feira, impulsionados pelo movimento positivo em Chicago, pela demanda interna firme e pelo atual patamar do dólar frente ao real. O contrato novembro/24 (CCMX24) valorizou 0,83%, encerrando o pregão regular de 17/10 cotado a R$ 69,02/sc.
Apesar do bom ritmo do programa de exportação norte-americano de milho, com o USDA reportando novas vendas do cereal nesta quinta-feira, os futuros da commodity apresentaram oscilações mistas na Bolsa de Chicago, ponderando o avanço da colheita de uma safra cheia nos EUA, estimada em 386,18 milhões de toneladas pelo USDA em 11/10. O contrato para dezembro/24 (CZ24) subiu 0,49% e fechou a sessão diurna de 17/10 cotado a US$ 4,07/bu.
Boi gordo
O mercado físico do boi gordo continua a demonstrar valorização a nível nacional, além disso o volume negociado de animais tem sido insuficiente para alongar as escalas de abate, as quais permanecem em 5 dias úteis. O boi gordo no Mato Grosso do Sul registrou uma valorização de 1,05% no comparativo diário, com o animal ficando cotado a R$ 303,81/@. Na B3, a positividade voltou a dar “as caras”, com isso o contrato com vencimento em out/24 registrou um acréscimo de 0,37%, ficando precificado em R$ 309,05/@.
A segunda quinzena geralmente é marcada por menor volume de vendas e preços travados. E como era esperado, o início dessa semana manteve esse padrão, com o volume de pedidos de reposição de estoques baixo e as distribuições ainda lentas. Ainda que o volume de carne disponibilizado pelos frigoríficos tenha sido um pouco menor em comparação a semana anterior, a demanda mais fraca predominou. Com isso, a carcaça casada do boi castrado apontou um recuo de 1,44% no comparativo diário, situando-se em R$ 20,50/kg.
Soja
Na região de Paranaguá/PR, os preços da soja reverteram os últimos ganhos, recuando 1,18% aos R$ 140,36 a saca, com liquidez reduzida. Após registrarem perdas durante boa parte da última quinta-feira, os futuros da soja se recuperaram e fecharam com ganhos na CBOT, influenciados pela alta dos futuros do farelo e óleo de soja após o anúncio de greves na Argentina, principal exportador global desses derivados. Dados econômicos mais otimistas também contribuíram. O contrato novembro/24 (ZSX24) valorizou 0,89%, finalizando a sessão regular de 17/10 cotado a US$ 9,89/bu.