Mesmo com resistência chinesa, preços avançam
Exportadores brasileiros enfrentam resistência dos importadores chineses, mas dianteiro bovino já chega a US$ 4.800/t.
Boi gordo
O mercado físico do boi gordo mantém o viés de alta, com valorização observada em todas as praças analisadas. Essa tendência deve-se a dificuldades dos frigoríficos em comprar animais e a demanda firme, resultando em escalas de abate que se mantiveram em 5 dias úteis. O destaque do dia foi Mato Grosso, que registrou uma alta de 3,91% em comparação ao dia anterior, atingindo R$ 280,67/@. Por outro lado, na B3, o pessimismo prevaleceu novamente, com queda nos preços de todos os vencimentos futuros de boi gordo. O contrato para fev/25 registrou a maior retração diária, de 1,21%, com a arroba cotada a R$ 296,95.
Os exportadores brasileiros continuam tentando elevar os preços do dianteiro bovino com destino a China para US$ 5.000/t, mas os poucos negócios têm sido fechado em torno de US$ 4.800/t, representando um aumento de 4,35% em relação à semana anterior. Os estoques chineses de carne bovina caíram em set/24 o menor nível desde jul/22, sugerindo uma demanda firme. Além disso, o USDA projeta que as exportações globais de carne bovina em 2025 se manterão estáveis, mas com o aumento nos embarques da Argentina, Brasil, Austrália e Índia compensando as quedas de Canadá, UE e EUA. O Brasil deve elevar suas exportações em 25 mil toneladas, enquanto na Argentina tanto as exportações quanto o mercado doméstico devem se expandir em relação a 2024.
Milho 
A forte demanda pelo cereal segue ditando o ritmo no mercado interno. Em Campinas/SP, os preços do milho seguem firmes, avançando mais 0,71%, encerrando em R$ 68,44 a saca. Movimentações mistas marcaram os futuros de milho nesta quarta-feira na B3, refletindo a estabilidade do dólar em relação ao real, a valorização das cotações da commodity na CBOT, e as previsões climáticas mais otimistas para importantes estados produtores do Brasil no curto prazo. O contrato novembro/24 (CCMX24) oscilou -0,22%, fechando o pregão regular de 16/10 cotado a R$ 68,45/sc.
Após o USDA reportar a venda de um grande volume de milho dos EUA para o México, totalizando 1,623 milhão de toneladas, além de 332 mil toneladas para outros destinos, os futuros de milho registraram ganhos na CBOT, apoiados também pela valorização do trigo. O contrato para dezembro/24 (CZ24) subiu 0,87%, encerrando a sessão diurna de quarta-feira cotado a US$ 4,05/bu.
Soja 
Apesar das quedas no mercado internacional, o movimento de demanda trouxe valorização para a soja em Paranaguá/PR, encerrando em R$ 142,03/sc, com um avanço de 1,20%.
Os futuros da soja em grão acumularam a quinta sessão consecutiva de queda na Bolsa de Chicago na última quarta-feira. Além do ritmo acelerado da colheita da oleaginosa nos EUA, que atingiu 67% da área total até 13/out, as previsões de chuvas para a região central do Brasil nesta segunda quinzena de outubro pressionaram as cotações da commodity. O contrato novembro/24 (ZSX24) recuou 1,11%, e terminou a sessão regular de 16/10 cotado a US$ 9,80/bu.