A baixa expressiva entre os preços do farelo de soja negociados na Bolsa de Chicago continua nesta quinta-feira (3) e segue pressionando os futuros do grão. Perto do de 6h15 (horário de Brasília), o derivado cedia mais de 1%, depois de já ter perdido mais de 2% no pregão anterior frente às notícias de que a EUDR (European Union Deforestation Regulation), a lei que proíbe as importações de produtos agrícolas de áreas ligadas ao desmatamento pela Europa, possa ser adiada.
Segundo explicam analistas e consultores de mercado, a possibilidade do adiamento – de 12 meses para grandes empresas e de 18 para micro e pequenas – deve manter o consumo da Europa com boa parte concentrada no Brasil – e na Argentina -, tirando uma parte da demanda do produto norte-americano, o que segue provocando certo peso sobre as cotações.
O adiamento efetivo da implantação da lei, porém, ainda precisa ser votado e aprovado tanto pelo Parlamento Europeu como pela Comissão Europeia.
Ainda de acordo com os especialistas, o que limita as baixas entre os preços da soja em grão é o suporte que outros mercados têm agora, como o óleo de soja, o milho e o trigo e, em boa parte, por conta da escalada das tensões no Oriente Médio que provocou um rally no petróleo, impactando diversas commodities.
Nesta manhã de quinta-feira, os preços do petróleo continuam subindo – focado no conflito e apesar de fundamentos baixistas que carrega agora – com ganhos de mais de 1% no brent e no WTI. O óleo na CBOT, porém, tem leves baixas, realizando lucros após dias de ganhos intensos.
Mesmo assim, para a soja, especificamente, o fator-chave neste momento continua sendo o clima no Brasil e o desenrolar do plantio da safra 2024/25. As atenções estão todas voltadas às chuvas que aparecem de forma melhor distribuídas e mais abrangentes a partir da segunda quinzena de outubro.
(Notícias Agrícolas)