Carta marcada
Mercado interno enfrenta desafios na demanda, mas começo de mês renova esperanças.
Boi gordo 
A dificuldade na compra continua a acometer os frigoríficos, com isso, as escalas de abate atingiram l menor nível dos últimos 12 meses. Diante disso, por mais um dia o destaque foi o estado de Rondônia, onde o boi gordo apresentou um acréscimo de 2,42% no comparativo diário e 6,94% no comparativo semanal, com o animal situando-se em R$ 230,48/@ . Na B3, as oscilações foram mistas, em evidência o contrato com vencimento em dez/25 que registrou um decréscimo de 0,47%, ficando cotado a R$ 274,45/@.
Como era de se esperar, com o fim do mês se aproximando as vendas no mercado doméstico ficaram enfraquecidas e com poucas movimentações. Ao olharmos para a parte de reposição de estoques no varejo vemos que há uma queda e está relacionada a uma demanda menor do consumidor final. As devoluções de mercadorias, sejam parciais ou totais, indicam problemas na cadeia seja por falhas no controle de qualidade ou questões operacionais. Para a próxima semana e início do mês de out/24 espera-se que as negociações e demanda se aqueçam, podendo movimentar o mercado interno e levar a carcaça a ser cotada a R$ 18,00/kg. Por enquanto, a carcaça do boi castrado permanece estável em R$ 17,50/kg.
Milho 
O milho encerrou em mais um dia de alta no mercado interno, avançando 0,88% aos R$63,20/sc em Campinas/SP, sendo influenciado pelo maior apetite dos compradores. Movimentações mistas marcaram os futuros de milho nesta terça-feira na B3, refletindo a forte queda do dólar em relação ao real e o pequeno recuo das cotações da commodity em Chicago. Por outro lado, o clima e o plantio da safra de verão no Brasil continuam no radar dos agentes. O contrato novembro/24 (CCMX24) oscilou +0,13% e terminou o pregão regular de 24/09 cotado a R$ 68,20/sc.
Na CBOT, os futuros de milho acumularam pequenas perdas na última terça-feira, reagindo à queda do trigo e ao bom ritmo inicial da colheita de milho nos EUA, que alcançou 14% da área até 22/set, acima dos 13% registrados no mesmo período de 2023 e superior à média entre 2019 e 2023. O contrato dezembro/24 (CZ24) recuou 0,42%, fechando a sessão diurna de 24/09 cotado a US$ 4,12/bu.
Soja 
No mercado doméstico, os preços seguem avançando devido a menor oferta/disponibilidade e preocupações com a falta de chuva em regiões produtoras atrasando do plantio no Brasil. Em Paranaguá/PR, a saca valorizou 0,28%, fechando em R$141,00/sc.
Os futuros do grão de soja finalizaram a terça-feira em território positivo na Bolsa de Chicago, após apresentarem valorizações mais expressivas ao longo do pregão, diante do clima quente e seco para a região Centro-Oeste do Brasil no curto prazo. No entanto, a queda do farelo repercutiu negativamente sobre as cotações do grão. O contrato de soja para novembro/24 (ZSX24) variou +0,29% e encerrou a sessão regular de 24/09 cotado a US$ 10,42/bu.