Não para de subir
Com a oferta se mantendo enxuta, a valorização do animal terminado continua a acontecer
Boi gordo
Nas últimas semanas, o mercado físico vem se deparando com um cenário de intensa pressão altista nos valores do boi gordo, resultado de uma oferta enxuta e uma demanda que se mostra firme. Diante deste cenário, as escalas de abate encurtam a cada dia e a média nacional se estabelece em 7 dias úteis. Nesta quarta-feira (18/09), o destaque foi para o Goiás, que apresentou incremento de 1,05% no comparativo diário e acumulando valorização de 3,88% em sete dias. Na B3, a aposta nas altas continuam, todos os contratos tiveram ajustes positivos, com o vencimento para set/24 e out/24 apresentando incremento de 0,80%, precificados a R$ 258,60/@ e R$ 265,25/@, respectivamente.
Enquanto o mercado interno demonstra agitação, nosso principal destino das exportações de carne bovina está em ritmo lento. Essa semana foi de festividades no país asiático (Festival do Meio Outono). Os importadores chineses se mantiveram mais calmos nas negociações, aguardando o resultado das vendas pós feriados para assim voltar as compras. Diante disso, o dianteiro brasileiro com destino a China ficou estável no comparativo semanal, permanecendo cotado a US$ 4.600/t.
Milho 
Os preços do milho no mercado doméstico reverteram o movimento de baixa registrado nos últimos dias, com o indicador de Campinas/SP avançando 0,52% na variação diária, ficando em R$62,34/sc. Os futuros de milho acumularam a terceira sessão consecutiva de queda nesta quarta-feira na B3, impactados principalmente pela queda do dólar frente ao real e pela menor volatilidade das cotações do cereal em Chicago. O contrato novembro/24 (CCMX24) desvalorizou 1,41% e fechou o pregão regular de 18/09 cotado a R$ 66,30/sc.
Movimentações mistas foram observadas para os futuros de milho na CBOT, semelhante ao comportamento do trigo. O bom ritmo inicial da colheita de milho nos EUA, que deve atingir 385,73 milhões de toneladas segundo o USDA, tem limitado altas mais expressivas da commodity. O contrato dezembro/24 (CZ24) oscilou +0,06% e terminou a sessão diurna de 18/09 a US$ 4,13/bu.
Soja 
O mercado brasileiro de soja avançou 0,54% em Paranaguá/PR, finalizando em R$ 138,00/sc, com principal influência do desempenho positivo das cotações na Bolsa de Chicago. Os futuros de soja apresentaram novas altas na quarta-feira na CBOT, beneficiados pela queda do dólar frente a outras moedas, o que pode estimular a demanda pela soja norte-americana. Além disso, o movimento de alta no óleo de soja também contribuiu para o desempenho positivo. O contrato novembro/24 (ZSX24) valorizou 0,80%, encerrando o pregão regular de 18/09 a US$ 10,14/bu.