Portos agitados
Bom ritmo nas exportações de carne bovina aumentam chance de recorde histórico
Boi gordo 
O mercado físico continuou operando com oferta restrita e preços firmes, com leve valorização em todas as praças monitoradas. É esperado que os ajustes positivos continuem ocorrendo, mesmo com a habitual queda no consumo doméstico com a chegada da segunda quinzena. O destaque vai para o Mato Grosso do Sul, que registrou incremento de 1,02% no comparativo diário, cotado a R$ 261,68/@, com escalas de abate rondando 6 dias úteis. Na B3, a movimentação positiva segue o mercado físico, com os contratos registrando valorização, o mais expressivo foi o vencimento de set/24 que chegou aos R$ 255,45/@ e alta de 0,35% na comparação feita dia a dia.
A segunda semana de set/24 continuou reforçando a consistência e força das exportações brasileiras de carne bovina in natura . Ao longo da última semana foram embarcadas 68,20 mil toneladas da proteína bovina, apontando uma média diária de 13,64 mil toneladas. A partir desses resultados a projeção para este mês é que sejam embarcadas 240 mil toneladas de carne bovina in natura , o que representaria um aumento de 23,03% ao mesmo período de 2023 e um recorde histórico.
Milho 
O mercado físico do cereal abre a semana em queda com a referência em Campinas/SP no patamar de R$62,50,/sc diante da pressão negativa da paridade de exportação e retração do mercado doméstico. A contínua queda do dólar frente ao real e o movimento de baixa nas cotações externas do milho impactaram negativamente os preços futuros na B3 nesta segunda-feira. O contrato de novembro/24 (CCMX24) encerrou o pregão regular de 16/09 cotado a R$ 67,46/sc, com uma queda diária de 0,50%.
Após uma sequência de altas, os futuros de milho recuaram neste início da semana na Bolsa de Chicago, refletindo a forte queda do trigo devido às questões envolvendo conflito entre Rússia e Ucrânia, além do avanço da colheita de milho nos EUA. O contrato dezembro/24 (CZ24) desvalorizou 0,60%, fechando a sessão diurna de 16/09 a US$ 4,11/bu.
Soja 
A combinação de acomodação na CBOT com uma queda mais intensa do dólar que se aproximou dos R$5,50, trouxe movimento negativo aos preços da oleaginosa no início da semana. Em Paranaguá/PR, a referência da oleaginosa recuou para R$138,60/sc.
Os futuros de soja apresentaram leves oscilações de baixa nesta segunda-feira na CBOT, influenciados pelo início da colheita de uma safra recorde nos EUA, pelo ritmo mais lento das exportações norte-americanas, e pelo feriado prolongado na China. O contrato novembro/24 (ZSX24) recuou 0,17%, finalizando a sessão regular de 16/09 a US$ 10,05/bu.