Foi bom enquanto durou
Em transição para a segunda quinzena do mês, mercado atacadista da carne bovina demonstra dificuldades para se manter.
Boi gordo 
O volume de animais negociado tem sido o suficiente para manter as escalas de abate confortáveis nos frigoríficos do país e essas continuam em 9 dias úteis. Ainda que as indústrias permaneçam confortáveis, para manter esse nível de escalas, o preço pago está sendo um pouco maior a cada dia. Com base nisto, o destaque continua com o estado de Rondônia, que registrou uma variação semanal de 1,57% e a mais significativa variação diária, com alta de 0,78%, ficando cotado a R$ 188,26/@, o maior valor desde 09/05/24. Na B3, os ajustes foram negativos, em evidência o contrato com vencimento em out/24 que apresentou declínio de 0,57%, ficando cotado a R$ 242,65/@.
No último final de semana o mercado interno demonstrou firmeza por conta da data comemorativa no domingo, no entanto, o início da semana já ficou marcado por uma demanda perdendo força. Diante disso, há mercadorias nos estoques dos pontos de distribuição, além do que ainda há devoluções parciais pela suposta “baixa” qualidade dos produtos. Como estamos em transição para a segunda quinzena do mês, espera-se um escoamento menor no mercado doméstico, devido à diminuição no capital dos consumidores. Por fim, a carcaça casada do boi castrado ficou cotado a R$ 16,00/kg, ainda com estabilidade, mas que pode sofrer pressão a partir de quinta-feira.
Milho 
O mercado físico do cereal resiste à pressão de oferta e níveis mais baixos da exportação, com vendedores também retraídos, mantendo a saca do cereal base Campinas/SP acima dos R$59,00/sc. Acompanhando o recuo dos futuros em Chicago e a desvalorização da moeda norte-americana frente ao real, os futuros de milho finalizaram a terça-feira em território negativo na B3. O contrato para setembro/24 (CCMU24) encerrou o pregão regular de 13/08 cotado a R$ 59,95/sc, registrando uma queda diária de 0,86%.
Os futuros de milho voltaram a registrar perdas em Chicago, devido à robusta oferta do cereal nos EUA para 2024/25, reportada pelo USDA, que totalizou 384,84 milhões de toneladas. Além disso, os contratos reagiram ao movimento negativo dos futuros de trigo e do complexo soja na CBOT nesta terça-feira. O contrato de milho para setembro/24 (CU24) desvalorizou 1,44% e terminou a sessão diurna de 13/08 cotado a US$ 3,78/bu.
Soja 
A continuidade de queda em Chicago derrubou a precificação no mercado brasileiro. A referência de negócios base Paranaguá/PR recua para R$131,00, acumulando queda de 9 R$/sc no comparativo semanal.
Desvalorizações superiores a 2% foram registradas nos futuros de soja durante a última terça-feira na Bolsa de Chicago. Além das projeções de elevada oferta e estoques da oleaginosa nos EUA e no mundo para 2024/25, a queda nos futuros de óleo de soja e petróleo WTI nesta terça-feira também contribuiu para o movimento de baixa do grão. O contrato futuro de soja para novembro/24 (ZSX24) recuou 2,38% e fechou a sessão regular de 13/08 cotado a US$ 9,63/bu.