Conjuntura internacional no radar
Tensões no Oriente Médio e decisões de política monetária de diversos países marcam a quarta-feira, refletindo sobre o movimento do dólar frente a outras moedas. Em Chicago, os futuros de milho e soja seguem pressionados para baixo, apesar da tímida oscilação positiva dos futuros da oleaginosa na CBOT
Milho
O mercado físico do cereal avança próximo dos R$59,50/sc em Campinas/SP com suporte da demanda. Influenciados pela continuidade de queda das cotações externas da commodity, os futuros de milho também ampliaram a sequência de recuos diários na B3. O contrato para setembro/24 (CCMU24) variou -0,67% e fechou o pregão regular de 31/07 cotado a R$ 59,63/sc.
Os futuros de milho continuaram pressionados para baixo e renovaram importantes mínimas na última quarta-feira em Chicago. A ausência de fatores de risco significativos para a safra norte-americana do cereal, estimada pelo USDA em julho/24 em 383,56 milhões de toneladas, continua impactando as cotações futuras da commodity. O contrato para setembro/24 (CU24) desvalorizou 1,54% e encerrou a sessão diurna de 31/07 cotado a US$ 3,83/bu.
Boi gordo
A pressão dos frigoríficos na tentativa de reduzir os preços do boi gordo não está surtindo o efeito esperado. O bom ritmo das exportações e a redução nos abates de fêmeas têm “jogado” a favor do pecuarista, que está conseguindo manter os preços do boi gordo firmes. Tocantins se destacou e encerrou esta quarta-feira com uma valorização diária de 1,15%, com o boi gordo cotado a R$ 209,78/@, com suas programações de abate girando em torno de 10 dias úteis, com dois dias de recuo no comparativo semanal. Na B3, o vencimento para ago/24 encerrou o dia com valorização de 0,21%, ficando cotado a R$ 236,20/@.
No mercado internacional, a China continua a enfrentar problemas com os preços das proteínas, que estão em declínio no país. A China, maior importador mundial de carne bovina, tem demonstrado um desempenho ainda fraco para economia, o que tem levado os consumidores a ficarem mais seletivos com suas compras. Como resultado, a desvalorização da carne bovina no país já chega a 14,65% dentro do ano de 2024.
Soja
Os preços de soja no mercado brasileiro experimentam leve reação com suporte do dólar e CBOT. Em Paranaguá/PR, a saca de soja voltou a ser negociada acima de R$137,00/sc.
Pequenas oscilações no campo positivo foram observadas para os futuros do grão de soja ao longo da última quarta-feira em Chicago. Os preços apresentaram ajustes técnicos de alta após a sequência de recuos, acompanhando a valorização do óleo de soja e do petróleo WTI. O contrato futuro de soja para novembro/24 (ZSX24) oscilou +0,12% e terminou a sessão regular de 31/07 cotado a US$ 10,23/bu.