Semana com dólar no alvo
Apesar do recuo na segunda-feira, se mantendo ainda acima dos R$5,60, fatores como a decisão de política monetária nos EUA por parte do Fed, dados do mercado de trabalho norte-americano e demais atualizações devem impactar o movimento da moeda norte-americana na semana. Na CBOT, os fatores demanda e clima nos EUA irão direcionar os movimentos.
Milho
A semana inicia com baixa liquidez no mercado do cereal, impacto pela queda do dólar e registrando queda nos portos, com a referência Campinas/SP também recuando para R$58,50/sc. Os futuros de milho apresentaram movimentações mistas nesta segunda-feira na B3, reagindo ao recuo do dólar frente ao real e à valorização das cotações futuras da commodity em Chicago. O contrato para setembro/24 (CCMU24) variou -0,02% e encerrou o pregão regular de 29/07 cotado a R$ 61,07/sc.
Após o USDA reportar que 1,059 milhão de toneladas de milho dos EUA foram inspecionadas para embarque até a semana encerrada em 25/07, registrando um avanço no comparativo semanal e anual, os futuros da commodity tiveram ganhos na CBOT, influenciados também pelo movimento positivo do trigo em Chicago. O contrato futuro de milho para setembro/24 (CU24) valorizou 0,44% e fechou a sessão diurna de segunda-feira cotado a US$ 3,96/bu.
Boi Gordo
Pecuaristas e frigoríficos continuam em “batalha”, mas a semana já começou com um “vencedor” mais claro, já que os preços avançaram na maioria das praças mesmo com as escalas se mantendo estáveis. No Mato Grosso do Sul, a valorização diária foi de 0,87%, com o boi gordo cotado a R$ 227,78/@, no comparativo semanal a alta no estado já chega a 2,72%. Na B3, os contratos futuros apresentaram variações positivas, O vencimento para ago/24 registrou uma valorização de 0,23% na comparação diária, ficando cotado a R$ 235,25/@.
Na quarta semana de jul/24, o volume embarcado de carne bovina in natura registrou um leve crescimento, totalizando 53,09 mil toneladas, com uma média diária de 10,62 mil toneladas, totalizando um acumulado de 215,62 mil toneladas o que já representa um recorde histórico para os embarques da proteína bovina. No entanto, ainda restam três dias para o fim do mês e com isso espera-se que sejam embarcadas 242,50 mil toneladas de carne bovina in natura, o que pode representar um crescimento de 50,81% em comparação a jul/23.
Soja
A soma das quedas na CBOT e dólar impactou refletiu em desvalorização aos preços da oleaginosa no mercado brasileiro. A referência de negócios em Paranaguá/PR recuou para próximo de R$137,50/sc no primeiro dia da semana.
Os futuros do grão de soja iniciaram a semana em território negativo na Bolsa de Chicago, acompanhando o movimento de preços dos derivados da oleaginosa e do petróleo WTI, ainda refletindo questões relacionadas à política ambiental nos EUA. O contrato futuro de soja para novembro/24 (ZSX24) desvalorizou 0,86% e terminou a sessão regular de 29/07 cotado a US$ 10,40/bu.