Escalas pressionadas
Com a oferta ainda reduzida, escalas encurtam e atingem menor nível desde abr/24.
Boi gordo 
Apesar do escoamento de carne bovina no mercado doméstico já ser menos intenso, devido a entrada da segunda quinzena do mês, o boi gordo ainda demonstra firmeza. O destaque do dia é o Pará que apresentou alta de 1,58% e ficou precificado a R$ 205,07/@. Na B3, todos os contratos passaram por ajustes negativos, em evidência o contrato com vencimento para jul/24 que registrou um decréscimo de 0,64% ficando cotado a R$ 231,20/@.
As escalas de abate têm sofrido nas últimas semanas, e dessa vez não foi diferente, com a média nacional terminando a semana com 9 dias úteis. O feriado facultativo em São Paulo movimentou o mercado interno o que acabou impactando as programações das indústrias. Além disso, com uma oferta menor de animais prontos para o abate, os frigoríficos enfrentam mais dificuldades em preencher suas escalas de abate. Fora isso, as exportações estão com um bom ritmo o que acaba pressionando ainda mais a indústria a buscar animais para o abate. Diante deste cenário, as industrias precisam agir de maneira rápida, causando uma competição mais acirrada pela compra do boi gordo e refletindo na recente alta das cotações.
Milho 
Com a demanda sinalizando mais atividade, a saca do milho registra recuperação em Campinas/SP com a referência de negócios se aproximando dos R$57,00/sc. Reagindo à alta das cotações da commodity em Chicago juntamente com um dólar mais estável, os futuros de milho avançaram ao longo da última sexta-feira na B3. O contrato para setembro/24 (CCMU24) variou +1,37% e fechou o pregão regular de 12/07 cotado a R$ 58,30/sc.
Após a atualização dos dados de oferta e demanda agrícola mundial por parte do USDA, que trouxe uma redução dos estoques finais de milho para as últimas duas temporadas nos EUA e no mundo em 2023/24, os futuros do cereal registraram ganhos durante a última sexta-feira na CBOT. O contrato futuro para setembro/24 (CU24) valorizou 0,44% e terminou a sessão de 12/07 cotado a US$ 4,02/bu.
Soja 
A baixa atividade no cenário internacional e doméstico trouxe estabilidade aos preços da oleaginosa no mercado brasileiro, com a referência de Paranaguá/PR estabilizada em R$135,00/sc.
Os futuros do grão de soja seguiram pressionados para baixo e contabilizaram novas perdas ao longo da última sexta-feira em Chicago, acompanhando o movimento negativo dos derivados da oleaginosa. Isso ocorreu apesar do USDA reportar um ajuste negativo no relatório WASDE de 12/07 tanto para a produção quanto para os estoques finais de soja nos EUA em 2024/25 em comparação com o boletim de junho. O contrato para novembro/24 (ZSX24) recuou 0,23% e finalizou a sessão de 12/07 cotado a US$ 10,65/bu.