Ausência de fatores de sustentação
Futuros de soja e milho acumulam novas perdas ao longo da última terça-feira tanto em Chicago quanto na B3 com clima positivo para a safra nos EUA. Já o futuro de dólar para jul/24 volta a avançar e encerra o pregão de 25/06 próximo aos R$ 5,45 na bolsa brasileira.
Milho
Com oferta predominante, o mercado físico do cereal volta a ceder na praça paulista com referência de negócios abaixo dos R$57,00/sc. Acompanhando a queda das cotações da commodity em Chicago, apesar da valorização da taxa de câmbio, os futuros de milho acumularam perdas ao longo da última terça-feira na B3. O contrato jul/24 (CCMN24) desvalorizou 1,18% e terminou o pregão regular de 25/06 cotado a R$ 57,12/sc.
Boi Gordo
Com um mercado menos movimentado nas negociações e as programações sem se alongarem, o preço do boi gordo buscou uma sustentabilidade nas cotações. São Paulo foi uma das regiões que conseguiu emplacar um aumento diário em 1,3% ficando o animal cotado em R$221,40/@. Já em Mato Grosso, o preço do boi gordo ficou cotado em R$208,10 sendo um avanço de 0,4% no dia. Já na bolsa de valores, a B3, essa sustentação dos preços foi observada na maioria dos contratos. O contrato com vencimento para junho teve o fechamento em R$ 225,75/@ um incremento de 0,36%. Valorização também para o contrato de maior liquidez, o de outubro, precificado em R$246,10, sendo 0,14% a mais no comparativo diário.
A China divulgou os dados oficiais das importações referentes a mai/24, o país asiático importou no total 238,3 mil toneladas de carne bovina, um aumento de 4,5% comparado com abr/24. Totalizando 1,13 bilhões de dólares em importações de carne bovina, isso foi 1,7% a mais do que o desembolsado pelos chineses em abr/24. O Brasil é o principal fornecedor de carne bovina aos chineses, do Brasil foram adquiridos 100,3 mil toneladas (10,5%); seguido da Argentina com 54,9 mil toneladas (22,3%) e Uruguai com 20,0 mil toneladas (-3,9%). No entanto, o preço médio pago pela tonelada de carne importada pela China ficou em US$ 4.740/t, valores 2,6% menores que a média paga em abr/24 e 14,2% a menos que mai/23.
Em Chicago, os futuros de milho ampliaram a sequência de quedas diárias durante a última terça-feira, influenciados pelo movimento de baixa do trigo e pelos atuais patamares do dólar. Os agentes estão atentos ao relatório de área plantada e de estoques trimestrais nos EUA, que serão divulgados na próxima sexta-feira. Nesse sentido, o contrato jul/24 (CN24) variou -1,85% e encerrou a sessão diurna de 25/06 cotado a US$ 4,26/bu.
Soja
Pegando carona na valorização do dólar que retomou o patamar de R$5,45, a saca de Paranaguá/PR ignora a queda internacional e registra referências de negócios a R$138,50/sc.
Os futuros do grão de soja voltaram a recuar e finalizaram a terça-feira no campo negativo na CBOT. Mesmo diante da queda das condições das lavouras de soja nos EUA, o cenário para a safra norte-americana se mantém positivo. Além disso, a valorização do dólar frente a outras moedas e o movimento de queda dos derivados da oleaginosa refletiram sobre a precificação da commodity em Chicago. O contrato jul/24 (ZSN24) desvalorizou 1,02% e fechou a sessão regular de 25/06 cotado a US$ 11,63/bu.