Dólar de pandemia, o retorno?
Dados do mercado de trabalho dos EUA com reflexos na conjuntura macroeconômica dão combustível para a moeda norte-americana, refletindo de forma negativa sobre a precificação das commodities agrícolas tanto em Chicago quanto na B3. Condições climáticas e das lavouras nos EUA, juntamente com o relatório mensal de oferta e demanda agrícola mundial por parte do USDA, serão os destaques da semana.
Milho
A semana encerra com as referências de negócios para o cereal em Campinas/SP se aproximando dos R$59,00/sc com a demanda mostrando mais interesse. Apesar da forte alta da taxa de câmbio, os futuros de milho apresentaram pequenos recuos durante a última sexta-feira na B3, influenciados pela queda das cotações externas da commodity. O contrato jul/24 (CCMN24) variou -0,26% e encerrou o pregão regular de 07/06 cotado a R$ 57,20/sc.
Em Chicago, a desvalorização dos futuros de trigo e de todo o complexo soja ao longo da última sexta-feira resultou em perdas para os futuros de milho, influenciados também pelo andamento da colheita do cereal tanto na Argentina quanto no Brasil. O futuro de milho para jul/24 (CN24) oscilou -0,72% e fechou a 6ª feira (07) cotado a US$ 4,49/bu.
Soja
A saca de soja em Paranaguá/PR encerra a semana próxima de R$138,50 sentindo a acomodação de CBOT e as indefinições tributárias sobre o mercado brasileiro.
A forte alta do dólar em relação ao real e a outras moedas, após a divulgação de dados de criação de empregos nos EUA acima do esperado, juntamente com o movimento negativo dos derivados da oleaginosa, resultou em quedas superiores a 1% para os futuros do grão de soja durante a última sexta-feira em Chicago. O futuro de soja para jul/24 (ZSN24) retrocedeu 1,73% e finalizou a sexta-feira cotado a US$ 11,79/bu.
Boi Gordo
A pressão de baixa nas cotações do boi gordo teve um alívio nesta na última sexta-feira. Em São Paulo, o animal avançou 0,22% no comparativo diário e ficou cotado a R$ 218,09/@. Outra praça em que as cotações ficaram estáveis foi Mato Grosso que registrou uma leve alta de 0,06% encerrando a semana precificado a R$ 205,78/@. Na B3, os contratos futuros seguiram em queda com o vencimento para jun/24 recuando 0,36% e encerrando a semana em R$ 222,55/@.
Enquanto os preços do boi gordo “respiram”, as escalas de abate dos frigoríficos brasileiros parecem ter encontrado um “teto”. A média nacional das programações de abate das indústrias recuou 1 dia no comparativo semanal e fechou a última sexta-feira em 13 dias, com destaque para o Paraná onde as programações recuaram 3 dias no comparativo semanal.