Perdendo de vista
Com mercado abarrotado de bovinos, escalas de abate chegam ao maior nível da década.
Boi Gordo
Após o feriado, o mercado físico do boi gordo continuou enfrentando a pressão de baixa sobre os preços, causada pelo excesso de oferta de animais prontos para o abate. Essa situação decorre da incapacidade de retenção nas pastagens desgastadas pelo clima frio e seco, o que obriga os pecuaristas a desovarem seus animais. Em Minas Gerais, o recuo foi de 0,8% no comparativo diário, com a arroba cotada a R$ 202,10/@ e programações de abate em 16 dias úteis, o maior nível desde 02/08/23. Na B3, o vencimento para jun/24 teve incremento de 0,13% no comparativo feito dia a dia e ficou cotado a R$ 226,05/@
Além disso, o escoamento de carne no mercado doméstico não é dos melhores, o que mantém a pressão sobre o preço do boi gordo. Nesse contexto, a média nacional das escalas de abate fechou a semana em 14 dias úteis, com avanço de 1 dia útil, marcando o nível mais alto já registrado para as escalas de abate nacional.
Milho
A semana mais curta com agentes acomodados deixa a saca do milho estável na referência de R$59,50/sc em Campinas/SP. Os futuros do cereal acumularam mais um dia de queda durante a última sexta-feira na B3, diante da colheita do milho 2ª safra no Brasil e do movimento negativo das cotações em Chicago. O contrato jul/24 (CCMN24) variou -0,83% e terminou o pregão regular de 31/05 cotado em R$ 58,21/sc.
Influenciados pelo movimento de baixa dos futuros de trigo e de todo complexo soja na Bolsa de Chicago, os futuros de milho encerraram a última sexta-feira em território negativo na CBOT, com o USDA reportando as vendas do cereal norte-americano dentro das expectativas de mercado até a semana encerrada em 23/mai, totalizando 810,148 mil toneladas. O contrato jul/24 (CN24) desvalorizou 0,56% e fechou a sessão de 31/05 cotado em US$ 4,46/bu.
Soja
A forte alta da moeda norteamericana no último dia de maio trouxe estabilidade ao mercado doméstico da oleaginosa. A referência de negócios em Paranaguá/PR permaneceu nos R$138,00/sc.
Após chegar a registrar ganhos ao longo do último pregão da semana, os futuros do grão de soja retornaram e acumularam a quarta sessão consecutiva de queda na CBOT. Além do programa de exportação norte-americano de soja continuar retraído, com a China ausente das compras nos EUA na temporada 2024/25, o forte avanço do dólar frente ao real contribuiu para este movimento negativo. O futuro de soja para jul/24 (ZSN24) recuou 0,39% e finalizou a 6ª feira (31) cotado em US$ 12,05/bu.