Turbulência no pasto, sucesso no porto
Enquanto o mercado interno passa por uma pressão negativa, o Brasil segue “explodindo” nas exportações de carne bovina, batendo recorde de volume enviado no primeiro quadrimestre do ano.
Boi Gordo 
O mercado físico continua a apontar para um aumento na oferta de animais terminados, o que intensifica a pressão baixista sobre a cotação do boi gordo. As indústrias estão conseguindo manter suas programações de abate sem dificuldades, o que lhes dá uma vantagem maior nas negociações. Goiás tem sido o estado mais afetado, apresentando uma queda de 2,4% na comparação semanal, com a arroba cotada a R$ 203,10/@. Na B3, todos os contratos tiveram reajustes negativos, com o vencimento para jun/24 cotado a R$ 227,50/@, queda de 0,66% no comparativo diário.
Enquanto o mercado interno enfrenta turbulências, o mercado externo decola. O governo chinês divulgou os dados de importação de abr/24 e no último mês o país importou o total 224,40 mil toneladas de carne bovina, volume 7,68% menor que o registrado em mar/24, mas 22,94% a mais que abr/23. O Brasil é de longe o maior fornecedor de carne bovina para a China, segundo as estatísticas oficiais do país asiático no acumulado dos quatro primeiro meses do ano chegaram 421,57 mil toneladas de carne bovina brasileira em território chinês, o maior volume da história.
Milho
O mercado físico do milho têm referências de negócios estáveis no R$59,50/sc diante da posição retraída dos agentes. Os futuros de milho refletiram o movimento positivo tanto do dólar frente ao real quanto das cotações da commodity em Chicago, encerrando a quarta-feira em alta na B3. O contrato jul/24 (CCMN24) oscilou +0,02% e fechou o pregão regular de 22/05 cotado em R$ 59,52/sc.
Em Chicago, os futuros de milho voltaram a registrar ganhos ao longo da última quarta-feira, reagindo aos dados de produção e estoque de etanol nos EUA por parte da EIA, bem como ao atraso da colheita de milho na Argentina. O contrato jul/24 (CN24) variou +0,71% e terminou a sessão diurna de 22/05 cotado em US$ 4,61/bu.
Soja
A saca de soja em Paranaguá/PR volta a ser negociada acima de R$140,00/sc após movimentos positivos de CBOT e dólar.
Acompanhando a valorização dos derivados da oleaginosa, especialmente do farelo, os futuros do grão de soja finalizaram a quarta-feira em território positivo na CBOT, com os participantes atentos aos rumores sobre compras de soja norte-americana por parte da China. O futuro de soja para jul/24 (ZSN24) valorizou 0,81% e encerrou a sessão regular de 22/05 cotado em US$ 12,46/bu.