Cotações oscilam e indústrias lucram
Enquanto as cotações do boi gordo apresentaram variações divergentes em diferentes regiões do país, os balanços trimestrais dos frigoríficos listados na bolsa brasileira mostraram lucros.
Boi Gordo 
As cotações do boi gordo seguiram direções opostas nas regiões pesquisadas. Dos nove estados acompanhados, cinco apresentaram trajetória de alta ou estabilização, enquanto quatro registraram quedas nas cotações. A maior queda foi observada em Mato Grosso, onde os preços recuaram 1,3% na comparação diária, fixando-se em R$209,80/@, a chegada de uma frente fria no estado e alongamento das escalas contribuíram para a queda dos preços. Em contrapartida, a maior alta do dia foi registrada em Mato Grosso do Sul, com um avanço de 0,4%, com o boi gordo cotado em R$ 217,60/@. Até o fim do mês, ainda são esperadas pressões nos preços devido às negociações de lotes remanescentes de animais a pasto. Na B3, os contratos futuros do boi gordo apresentaram valorização no comparativo diário. O vencimento para mai/24 avançou 0,16%, ajustando-se em R$ 225,15/@, enquanto o vencimento para out/24 subiu 0,27%, sendo negociado a R$ 237,45/@.
Esta quinta-feira (16/05) foi marcada pela divulgação dos balanços trimestrais dos frigoríficos listados na bolsa brasileira, JBS e Marfrig. De forma geral, ambas as empresas registraram lucro líquido no primeiro trimestre de 2024, revertendo o prejuízo reportado no mesmo período do ano passado. Os números foram considerados animadores pelos agentes do mercado, refletindo nos preços das ações, que tiveram as maiores altas do dia na B3.
Milho
O mercado físico do cereal em Campinas/SP mantém a referência de R$59,00/sc em tom de equilíbrio entre compradores e vendedores. A queda das cotações futuras do cereal em Chicago, juntamente ao início da colheita da 2ª safra no Brasil, refletiram em perdas para os futuros da commodity nesta quinta-feira na bolsa brasileira. O contrato jul/24 (CCMN24) retrocedeu 1,63% e fechou o pregão regular de 16/05 cotado em R$ 59,07/sc.
Os futuros de milho contabilizaram a terceira sessão consecutiva de queda ao longo da última quinta-feira em Chicago. Segundo o USDA, as vendas de milho dos EUA alcançaram 742 mil toneladas até a semana encerrada em 09/mai, dentro das projeções de mercado. Acompanhando o movimento negativo do trigo, o futuro de milho para jul/24 (CN24) recuou 1,19% e finalizou a sessão diurna de 16/05 cotado em US$ 4,57/bu.
Soja 
A precificação da soja brasileira ganha sustentação nos prêmios de exportação com demais fatores trabalhando no campo negativo, dando suporte à referência de negócios em Paranaguá/PR no patamar de R$135,00/sc.
Oscilações no campo misto foram observadas para os futuros do grão de soja durante a última quinta-feira na CBOT. O Departamento de Agricultura dos EUA informou nesta 5ª feira que as vendas da oleaginosa norte-americana totalizaram 266 mil toneladas até a semana encerrada em 09/05, abaixo das expectativas de mercado. Apesar do fechamento negativo dos vencimentos mais longos, o futuro de soja para jul/24 (ZSN24) variou +0,23% e encerrou a sessão regular de 16/05 cotado em US$ 12,16/bu.