Segunda safra batendo na porta?
A colheita da segunda safra de milho tem seu início em alguns estados brasileiros, com preços relativamente estáveis no mercado doméstico. Já em Chicago, futuros de soja e milho apresentam correções de baixa durante a última quarta-feira, marcada pela divulgação de dados de inflação nos EUA
Milho
A saca do milho volta à referência de R$59,00/sc em Campinas/SP com melhora da liquidez entre compradores e vendedores diante do início da safra. Tímidas oscilações de alta foram observadas para os futuros de milho ao longo da última quarta-feira na B3, diante do cenário de chuvas mais escassas sobre a região Central do Brasil no curto prazo e também acompanhando o movimento levemente positivo da taxa de câmbio. O contrato jul/24 (CCMN24) valorizou 0,33% e fechou o pregão regular de 15/05 cotado em R$ 60,05/sc.
Apesar da semeadura do milho nos EUA seguir de maneira mais lenta frente ao ano anterior e à média dos últimos 5 anos, os futuros do cereal contabilizaram novas perdas durante a última quarta-feira em Chicago, reagindo ao movimento negativo dos futuros de trigo. O futuro de milho para jul/24 (CN24) retrocedeu 1,07% e terminou a sessão diurna de 15/05 cotado em US$ 4,63/bu.
Boi Gordo 
Com os pecuaristas escoando o gado do pasto devido à falta de chuvas em grande parte do país, a sobreoferta continua a forçar os preços para baixo. E com as escalas confortáveis, as indústrias conseguem efetivar novas quedas para o boi gordo. Minas Gerais e Goiás, foram os mais afetados nesta quarta-feira (15/05), apresentando recuo diário de 1,0% e 1,3%, com a arroba precificada em R$ 206,90 e R$ 206,20, respectivamente. Na B3, o movimento foi contra a “maré” do físico e os ajustes foram positivos para todos os contratos, o vencimento para mai/24 ficou em R$ 224,80/@, com incremento de 0,31% na comparação diária.
Enquanto o mercado interno enfrenta desafios, as exportações representam uma fonte de otimismo. Embora as exportações de carne bovina para os EUA tenham diminuído nos últimos dois meses, essa redução é atribuída ao esgotamento da cota. Para continuar acessando o mercado norte-americano, os exportadores brasileiros enfrentam agora uma tarifa de importação de 26,4%, o que prejudica a competitividade do produto brasileiro em relação aos concorrentes internacionais. Há indicações de que o governo brasileiro esteja tendo conversas para aumentar o acesso nacional as cotas sem tarifas dos EUA
Soja
A saca de soja em Paranaguá avança para a referência de R$135,50/sc refletindo a valorização dos prêmios de exportação e dólar ante a leve acomodação nas cotações da soja CBOT.
Acompanhando a queda do farelo, os futuros do grão de soja finalizaram a quarta-feira em território negativo na CBOT. A Associação Nacional de Processadores de Soja nos EUA (NOPA) reportou em 15/05 um esmagamento da oleaginosa bem abaixo da estimativa de mercado para o mês de abr/24 no país, alcançando 166,034 milhões de bushels (cerca de 4,52 milhões de toneladas). O futuro de soja para jul/24 (ZSN24) encerrou a sessão regular de 15/05 cotado em US$ 12,14/bu, recuo diário de 0,08%.