Preparativos USDA: a virada de safra oficial
Nesta sexta-feira (10) será divulgado o relatório de oferta e demanda agrícola do USDA que trará as primeiras impressões para a temporada 2024/25 nos EUA e no mundo. As expectativas são de um aumento no estoques finais norte-americanos, podendo refletir negativamente sobre a precificação futura de soja e milho na Bolsa de Chicago
Milho 
A comercialização do cereal segue lenta no mercado físico mantendo a referência de negócios em Campinas/SP nos R$58,50. Acompanhando a valorização do dólar americano frente ao real e apresentando correções técnicas de alta, os futuros de milho terminaram a quinta-feira em território positivo na B3. O contrato jul/24 (CCMN24) oscilou +0,41% e fechou o pregão regular de 09/05 cotado em R$ 58,95/sc.
Às vésperas da divulgação do relatório WASDE de 10/05, os futuros de milho contabilizaram novos recuos ao longo da última quinta-feira em Chicago, ponderando a melhora da umidade do solo na região do corn belt nos EUA e os ajustes por parte dos agentes para o relatório mensal do USDA. O contrato jul/24 (CN24) variou -0,44% e finalizou a sessão diurna de 09/05 cotado em US$ 4,57/bu.
Boi Gordo 
O mercado físico do boi gordo continuou a sentir a pressão baixista nesta quinta-feira. O maior recuo foi no Tocantins, que registrou desvalorização de 1,18% frente às cotações do dia anterior, com o preço do boi gordo cotado em média a R$ 202,54/@. Já em São Paulo, os preços mantiveram praticamente estáveis no dia, com um ligeiro avanço de 0,02% e o boi gordo cotado a R$ 226,66/@. Na semana, a praça paulista amargura um recuo de 1,64% nas cotações. E na bolsa não foi diferente. As cotações na B3, seguiram a mesma trajetória de baixa, com o contrato para mai/24 recuando 0,33% e fechando o dia em R$ 226,35/@.
Os preços negativos são uma resposta a volumosa oferta que chega ao mercado, e os números divulgados pelo IBGE validam esse sentimento. O instituto divulgou os dados preliminares do 1º trimestre de 2024 com o abate de bovinos atingindo o maior volume da história. Foram 9,24 milhões de cabeças encaminhadas para a linha de abate no primeiro trimestre deste ano. Um aumento de 0,91% no comparativo com o 4º trimestre de 2023.
Soja 
A forte alta do dólar refletiu em movimentos opostos de prêmio e CBOT, levando acomodação para a saca de soja em Paranaguá/PR ao patamar abaixo de R$135,50/sc.
O avanço da moeda norte-americana frente ao real, juntamente à continuidade de queda dos derivados da oleaginosa em Chicago, resultaram em novas desvalorizações para os futuros do grão de soja durante a última quinta-feira na CBOT. O futuro de soja para jul/24 (ZSN24) retrocedeu 1,57% e terminou a sessão regular de 09/05 cotado em US$ 12,09/bu.