Um olhar pessimista para os futuros
Após registrar alta, B3 consolida recuos e já reflete pessimismo para os próximos meses.
Boi Gordo
A semana inicia com o mercado físico do boi gordo se movimentando de forma distina ao redor do país, algumas regiões já começaram a sentir difiiculdades de manter o gado no pasto devido a falta de chuva, enquanto outras ainda conseguem administrar melhor a oferta. Em São Paulo, a cotação do boi gordo apresentou valorização de 0,6% no comparativo diário, com a arroba precificada a R$ 231,00. Na B3, o dia foi de ajustes negativos para quase todos os contratos, com o vencimento para mai/24 recuando 0,41% e ficando cotado a R$ 228,80/@.
Com a chegada da primeira quinzena de mai/24, a expectativa de um melhor escoamento no mercado doméstico aumenta. Atualmente há uma demanda firme por carne com osso destinada ao consumo doméstico, especialmente de boi castrado e traseiro, cotados a R$ 15,80/kg e R$ 17,75/kg, respectivamente. A expectativa segue para o dia das mães e um possivel enxugamento da quantidade ofertada nas gôndolas do mercado.
Milho
A saca do cereal inicia a semana negociada na referência próxima de R$58,50 na praça paulista, com players atentos à oferta de milho doméstica. Os futuros de milho iniciaram a semana em território positivo na B3, reagindo ao movimento de alta das cotações externas da commodity juntamente às indicações de um tempo seco e altas temperaturas para a região Centro-Oeste e Sudeste do Brasil. O contrato jul/24 (CCMN24) valorizou 1,82% e encerrou o pregão regular de 2ª feira (06) cotado em R$ 59,26/sc.
A forte valorização observada para os futuros do complexo soja e trigo nesta segunda-feira em Chicago também refletiu sobre as cotações de milho, onde os agentes monitoram o ritmo de plantio do cereal nos EUA diante do tempo úmido observado ao longo dos últimos dias. O futuro de milho para jul/24 (CN24) oscilou +1,90% e fechou a sessão diurna de 06/05 cotado em US$ 4,69/bu.
Soja
Com suporte positivo das cotações CBOT, os preços da oleaginosa abrem a semana em valorização que chegaram a superar 2 R$/sc no mercado doméstico brasileiro. A referências de negócios em Paranaguá/PR avançou para R$132,50/sc.
Os futuros do grão de soja voltaram a flertar com os maiores patamares desde o final de janeiro deste ano na CBOT, influenciados pela continuidade das greves na Argentina, elevada umidade nos EUA e enchentes atingindo o estado do Rio Grande do Sul no Brasil. O futuro de soja para jul/24 (ZSN24) avançou 2,78% e finalizou a sessão regular de segunda-feira cotado em US$ 12,49/bu.