Novidades e volatilidade
Moeda norte-americana ganha força repercutindo dado de inflação dos EUA (CPI) e reduzindo apostas para cortes nas taxas de juros dos EUA. Já os futuros de soja recuam na CBOT e os futuros de milho avançam tanto em Chicago quanto na B3 às vésperas das divulgações dos relatórios mensais de oferta e demanda agrícola do USDA e da CONAB.
Milho 
A praça paulista se mostra ofertada com a referência de negócios recuando para R$60,00/sc enquanto o interior do país registra firmeza nos preços do cereal. Após a sequência de recuos diários, os futuros de milho apresentaram ganhos ao longo da última quarta-feira na B3, refletindo a forte alta da taxa de câmbio, o movimento positivo dos futuros em Chicago e a atualização das condições climáticas para importantes estados produtores brasileiros no curto prazo. O contrato mai/24 (CCMK24) avançou 1,25% e fechou o pregão regular de 4ª feira (10) cotado em R$ 57,70/sc.
Em Chicago, os futuros de milho encerraram a quarta-feira no campo positivo, acompanhando o movimento de alta do trigo e com os participantes ajustando suas posições para o relatório mensal de oferta e demanda agrícola do USDA que será divulgado nesta quinta-feira (11). O futuro de milho para mai/24 (CK24) valorizou 0,70% e encerrou a sessão diurna de 10/04 cotado em US$ 4,34/bu.
Boi Gordo 
O mercado físico fechou a quarta-feira com estabilidade nas cotações. As negociações entre frigoríficos e pecuaristas continuam em um ritmo moderado, resultando em um volume negociado suficiente apenas para manter as escalas de abate em torno de 9 dias úteis, na média nacional. Apesar do bom desempenho das exportações na primeira semana de abril e de uma leve recuperação nas vendas no varejo é esperado que os frigoríficos exerçam pressão de baixa sobre os preços do boi gordo com a chegada da seca (maio e junho). Em Minas Gerais, a cotação do boi gordo teve valorização de 0,8% no comparativo semanal e ficou cotado a R$ 217,30/@. Na B3, os futuros voltaram a “sorrir”, com quase todos os contratos demonstrando ajustes positivos na comparação diária. O vencimento para abr/24 ficou cotado a R$ 231,60/@, com incremento de 0,19%.
As distribuições no atacado de carne com osso mostraram uma ligeira melhora, com o volume de mercadorias com atrasos de descargas nos pontos de distribuição praticamente eliminado. Além disso, houve uma melhora nas vendas de carne desossada nesta semana, especialmente para os cortes dianteiros. Com exceção dos cortes dianteiros, que estão em alta demanda, a maioria dos produtos com osso tende a manter as cotações estáveis e com baixa sustentação. A carcaça do boi casado castrado e inteiro está cotada a R$ 15,50/kg e R$ 15,00/kg, respectivamente.
Soja 
Apesar da forte valorização do dólar, os preços da soja no interior do Brasil não registraram movimentação expressiva. A queda da CBOT neutralizou o movimento de preços no Brasil, mantendo a referência de negócios em Paranaguá/PR no patamar de R$124,50/sc.
Os futuros do grão de soja contabilizaram a terceira sessão consecutiva de queda em Chicago durante a última quarta-feira. Além do recuo do farelo de soja e do posicionamento dos agentes para o relatório WASDE de 11/abr, o avanço do Índice Dólar (DXY) contribuiu para o movimento negativo do grão na CBOT. O contrato mai/24 (ZSK24) desvalorizou 0,83% e terminou a sessão regular de 10/04 cotado em US$ 11,65/bu.