Fundamentos pesados
Pressão baixista internacional e cenário positivo para o clima no curto prazo derrubam o milho na B3. Na CBOT, soja e milho também recuam em movimento de realização de lucros e influencia do trigo.
Milho 
O baixo interesse de compradores por volumes significativos sinaliza acomodações da referência de preços do milho em Campinas/SP que recua para R$62,50/sc. O pregão de terça-feira trouxe forte correção aos preços do milho na B3 com boas previsões de chuvas até 10/abril, levando o contrato mai/24 a recuar 2,22% e encerrar do ai em R$59,92.
O forte movimento de queda do trigo após alívio das tensões no Mar Negro, apesar da continuidade do conflito Rússia-Ucrânia, atingiu também as cotações do cereal na CBOT. O contrato mai/24 recou 1,2% na terça-feira encerrando o pregão em US$4,33/bu.
Boi Gordo 
A dificuldade em manter os preços firmes segue acometendo o boi gordo em quase todo o país. Goiás foi o estado que mais sentiu a pressão baixista e teve uma desvalorização de 1,0% na comparação diária, com o boi gordo cotado em média a R$ 212,00/@. Na B3, há mais otimismo e todos os contratos tiveram ajustes positivos, o vencimento para abr/23 encerrou o dia a R$ 229,55/@, com valorização de 0,33% na comparação feita dia-a-dia.
Enquanto o mercado interno demonstra instabilidade, as exportações de carne bovina in natura estão em bom ritmo, as embarcações da terceira semana foram surpreendentemente fortes e atingiram 55,27 mil toneladas. Com isso, a média diária dos embarques ficou em 11,05 mil toneladas, com avanço de 62,26% ante a média diária da semana anterior. O resultado foi recorde para uma terceira semana de março e assim nossa estimativa para o mês foi reajustada para 170 mil toneladas, número que seria recorde para um mês de março.
Soja 
A referência de negócios da soja em Paranaguá/PR se mantém no patamar de R$124,50/sc influenciada pelas quedas na CBOT e movimentos opostos de dólar e prêmio de exportação.
Motivado pelo movimento de realização de lucros após valorização intensa de segunda-feira, a oleaginosa na CBOT encerrou o segundo pregão da semana no campo negativo com queda de 0,85% no contrato mai/24 fechando o dia em US$11,99/bu.