Voltando à estaca zero?
Cotações na CBOT tem movimento de liquidação e realização com players se voltando aos fundamentos e distanciando de especulações sobre cenário na América do Sul. Foco da semana vai ser as atualizações do USDA para a temporada 24/25 com clima Brasil no radar do safrinha.
Milho
A saca do milho em Campinas/SP registra leve acomodação para o patamar de R$62,50/sc ao final da semana com a baixa liquidez no mercado físico. Focado nas previsões climáticas de curto prazo, o milho na B3 fecha a semana no campo negativos, com o contrato recuando 0,64% e fechando a sexta-feira em R$60,13/sc.
O último pregão da semana em Chicago trouxe movimentos negativos para o milho com a realização de lucros, levando o contrato maio/24 a recuar 0,34% fechando a sexta-feira em US$4,39/bu.
Boi Gordo
O mercado físico apresentou movimentações distintas no país, enquanto alguns estados demonstraram maior firmeza nas cotações, outros ainda sofrem com a pressão baixista imposta pelos frigoríficos. Em São Paulo, a desvalorização na cotação foi mais intensa no comparativo diário, com ajuste negativo de 1,1% e o boi gordo cotado a R$ 227,40/@, esta queda no preço do gado terminado pode estar atrelada aos estoques confortáveis e o fraco escoamento de carne bovina no mercado doméstico. Na B3, todos os contratos apresentaram recuos, o vencimento para abr/24 teve desvalorização de 0,39%, ficando cotado a R$ 227,10/@.
As escalas de abate continuaram a demonstrar “folga” para os frigoríficos na última semana. Diante de um cenário de disputa entre frigoríficos e pecuaristas, a média nacional permaneceu em 10 dias úteis, sem alteração ante a sexta-feira passada. Entretanto, alguns estados demonstraram avanços nas programações, como o Paraná que fechou a semana com 9 dias úteis de escalas já completas e avanço de 2 dias no comparativo semanal.
Soja
Com dólar e prêmios de exportação jogando contra a forte queda na CBOT, a saca de soja registra estabilidade no mercado doméstico com a referência em Paranaguá/PR em R$124,50/sc.
O cenário de poucas chuvas na Argentina para os próximos 7 dias que deve beneficiar o início da colheita no país adicionou intensidade para o movimento de realização de lucros na sexta-feira. O contrato mai/24 recuou 1,61% e encerrou o dia em US$11,93/bu.