Sem churrasco
Com escoamento doméstico lento e estoques volumosos, preços no atacado recuam
Boi Gordo
O mercado físico continua no cenário de “queda de braço”, onde os frigoríficos tentam pressionar os valores da arroba e compram compassadamente, enquanto os pecuaristas resistem e liberam o gado terminado de maneira cautelosa, resultando em estabilidade nos preços, em grande parte do país. A cotação da arroba no Mato Grosso Do Sul, não resistiu a pressão baixista imposta pelos frigoríficos e apresentou recuo de 1,0% na comparação diária, ficando cotada a R$ 215,10/@, com escalas de abate próximas a 9 dias úteis. Na B3, o movimento de alta não permaneceu e nesta quarta-feira (13/03), todos os contratos apresentaram ajustes negativos na comparação feita dia-a-dia. O vencimento para mar/24, ficou precificado em R$232,85/@, queda de 0,62%.
As vendas de carne bovina no varejo têm apresentando baixo desempenho nesta semana, há oferta volumosa de todos os produtos com osso, contudo, a demanda para maioria deles é baixa. Existe um excesso de oferta e um claro viés de baixa nas cotações do traseiro, da ponta de agulha e também da vaca casada. Além disso, foram registradas algumas vendas de boi castrado com ajuste negativo de R$ 0,30/kg, chegando a R$15,50/kg. Ou seja, a pressão negativa da segunda quinzena chegou com tudo para os atacadistas da carne bovina.
Milho
Com os olhos voltados para a incerteza sobre o cenário climático dos próximos meses, o mercado segue atento, e o preço do cereal se mantém próximo dos R$ 63,00/sc em Campinas/SP. Os futuros de milho ampliaram a sequência de avanços na B3, diante da indicação de ondas de calor para o centro-sul do país no curto prazo. O contrato mai/24 (CCMK24) valorizou 1,29% e encerrou o pregão regular de quarta-feira (13) cotado em R$ 63,65/sc.
Sem apresentar grandes oscilações nesta quarta-feira, os primeiros vencimentos do cereal acumularam pequenas perdas em Chicago. Além do acompanhamento do ritmo do programa de exportação norte-americano de milho, os participantes monitoram o cenário de oferta na América do Sul e também as perspectivas de plantio nos EUA em 2024. O futuro de milho para mai/24 (CK24) recuou 0,11% e fechou a sessão diurna de 13/03 cotado em US$ 4,41/bu.
Soja
Com Chicago encerrando o dia no positivo, juntamente com o dólar operando em alta, a saca de soja foi negociada próxima dos R$ 122,00/sc em Paranaguá/PR.
Após negociarem durante boa parte do pregão no campo negativo, os futuros do grão de soja retornaram e registraram movimentações mistas nesta quarta-feira em Chicago, refletindo os rumores sobre a possibilidade de uma nova rodada do programa dólar soja na Argentina influenciando negativamente as cotações na CBOT e, do outro lado, reagindo à valorização dos futuros do óleo de soja e petróleo WTI. O contrato mai/24 (ZSK24) variou +0,06% e finalizou a sessão regular de 13/03 cotado em US$ 11,97/bu.