Subindo igual foguete
Diferente do marasmo do mercado físico, boi gordo na B3 emplacou valorização para todos os futuros do boi gordo.
Boi Gordo 
No mercado físico as indústrias continuam pressionando os valores da arroba e comprando de forma cautelosa, entretanto, os pecuaristas resistem e com isso os preços se mantêm, formando uma “queda de braço” que ganha cada vez mais intensidade. Diante deste cenário, os preços ficaram estáveis em grande parte do país, na comparação diária. No Pará o boi gordo fechou com alta de 1,4% no comparativo semanal, ficando precificada a R$ 209,50/@, reflexo das tempestades e enchentes que afetaram a região e dificultaram o escoamento do gado terminado. Na B3, o dia foi de forte valorização para todos os contratos, o vencimento para mar/24 encerrou o dia a R$ 233,85/@, com incremento de 1,81% na comparação diária.
Março se iniciou com um bom ritmo para as exportações de carne bovina in natura, nos primeiros seis dias úteis do mês foram enviadas 50,61 mil toneladas. Ainda que esse resultado seja um recorde para uma primeira semana de março vale ficar atento ao andamento dos embarques nas semanas vindouras, já que historicamente o desempenho ao final do mês é pior que o começo do mês. Nossa projeção para o mês de mar/24 está atualmente em 180 mil toneladas.
Milho 
A semana se inicia sem mudanças no cenário do mercado interno, com players retraídos e acomodados, o preço do milho segue em patamares de R$ 63,00/sc em Campinass/SP. Na B3, os vencimentos mais distantes do cereal contabilizaram ganhos nesta segunda-feira, acompanhando a alta na CBOT e previsões de clima com poucas chuva aliada à onda de calor nos próximos 10 dias. O contrato mai/24 (CCMK24) avançou 1,53% e fechou o pregão regular de 11/03 cotado em R$ 61,60/sc.
Os futuros de milho ampliaram a sequência de altas diárias neste início de semana em Chicago, acompanhando a valorização do trigo na CBOT e as previsões de um clima quente e seco sobre regiões produtoras de milho 2ª safra no Brasil. O contrato mai/24 variou +0,45% e terminou a sessão diurna de 2ª feira (11) cotado em US$ 4,42/bu.
Soja 
A oleaginosa no doméstico segue recuperando preços, devido aos movimentos de alta em Chicago nos últimos dias, chegando próxima dos R$ 122,00/sc em Paranaguá/PR.
Após registrarem ganhos durante a última quinta e sexta-feira em Chicago, os futuros do grão de soja recuaram neste início de semana na CBOT. Além do USDA reportar uma queda nos dados de inspeções para embarques da oleaginosa norte-americana no comparativo semanal, totalizando 706 mil toneladas até 07/mar, o avanço da colheita de soja no Brasil e a desvalorização dos futuros do farelo contribuíram para o movimento de baixa das cotações. O contrato mai/24 (ZSK24) oscilou -0,40% e finalizou a sessão regular de 11/03 cotado em US$ 11,79/bu.