Ladeira a baixo nos futuros de boi gordo
Na B3, houve intensificação nas quedas e contrato para mai/24 renovou a mínima
Boi Gordo 
A pressão sobre o boi gordo segue firme em todo o país, com os frigoríficos apresentando escalas confortáveis e buscando oferecer cada vez menos no boi gordo. O Tocantins foi uma das regiões mais afetadas e teve uma desvalorização de 3,0% na comparação semanal, com o boi gordo precificado a R$ 206,0/@. Na B3, as quedas intensas continuam e todos os contratos apresentaram ajustes negativos nesta quarta-feira (28/02), o vencimento para mai/24, ficou cotado a R$ 222,60/@, com recuo de 1,11% na comparação diária e o menor nível desde 25/08/23.
Enquanto o mercado doméstico demonstra instabilidade, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) aposta no crescimento do Brasil para as exportações de carne bovina até 2033, os norte-americanos projetam que os embarques dos grandes exportadores globais saiam de 11,7 milhões de toneladas para 13,5 milhões de toneladas, para os próximos 10 anos. O Brasil seria responsável por 60% deste crescimento das exportações de carne bovina global, com esses números o país sai de uma participação de 23% no mercado internacional de carne bovina para 28%, avanço de 5 p.p. nos próximos 10 anos.
Milho 
Agentes retraídos e compradores confortáveis com o estoque de grão disponível fazem com que o preço da saca do cereal fique próxima dos R$ 62,50 em Campinas/SP. À medida que a colheita do milho verão avança concomitantemente ao plantio do milho 2ª safra, além da diminuição do risco sobre a maior redução de área/oferta do milho safrinha, os futuros do cereal ampliam a sequência de quedas na B3. O contrato mai/24 (CCMK24) retrocedeu 3,51% e fechou o pregão regular de 28/02 cotado em R$ 56,83/sc.
Na CBOT, os futuros de milho contabilizaram o terceiro dia consecutivo de alta ao longo desta quarta-feira. Além dos movimentos de correções técnicas de alta, as atenções começam a se direcionar sobre a decisão de plantio do produtor norte-americano para a próxima temporada. O contrato mai/24 (CK24) valorizou 1,18% e terminou a sessão diurna de 28/02 cotado em US$ 4,29/bu.
Soja 
Mesmo com a CBOT encerrando o dia no campo positivo e a volta da operação em alta do dólar, o preço da oleaginosa regride para aproximadamente R$ 115,50/sc em Paranaguá/PR.
Os futuros do grão de soja apresentaram tímidos movimentos de alta durante a última quarta-feira em Chicago, após negociarem boa parte do dia no campo negativo. Entre os principais direcionadores, estão a demanda pela oleaginosa norte-americana e as perspectivas climáticas para a América do Sul. O contrato mai/24 (ZSK24) oscilou +0,39% e encerrou a sessão regular de 28/02 cotado em US$ 11,45/bu.