Vertente de baixa consistente
Soja e milho na CBOT desabam aos patamares de 2 anos atrás com retorno previsto na Argentina no curto prazo e fraca demanda pela soja nos EUA. Expectativa com USDA é de relatório negativo para os preços.
Milho
Os preços do cereal seguem firmes com mercado doméstico mais comprador nessa quarta-feira, levando a saca do milho para a casa dos R$ 63,50 em Campinas/SP. Seguindo o recuo dos futuros em Chicago e a certa acomodação de preços no mercado doméstico, os futuros de milho contabilizaram novas perdas durante a última quarta-feira na B3. O contrato mar/24 (CCMH24) desvalorizou 1,24% e fechou o pregão regular de 07/02 cotado em R$ 64,54/sc.
Na CBOT, os futuros de milho registraram quedas próximas a 1% nesta quarta-feira e renovaram as mínimas dos últimos anos, com o crescimento da oferta sobrepondo o crescimento da demanda a nível global, resultando em um aumento dos estoques mundiais da commodity. O contrato mar/24 (CH24) variou -1,03% e encerrou a sessão diurna de 07/02 cotado em US$ 4,34/bu.
Boi Gordo
Em mais um dia de forte “queda de braço” entre pecuaristas e frigoríficos, o mercado físico do boi gordo se manteve com preços estáveis, mas com as indústrias sentindo o peso das tentativas de baixar o preço sobre suas programações de abate. A média nacional das escalas de abate já ronda os 7 dias úteis, com queda de quase dois dias na comparação semanal. A arroba sul mato grossense já dá sinais de maior firmeza, com variação positiva de 0,5% no comparativo semanal, ficando cotada a R$ 229,70/@. Na B3, os contratos também demonstraram melhoras nas variações diárias, com o vencimento para fev/24 cotado a R$ 240,40/@, alta de 0,61%.
Falando um pouco do nosso grande parceiro internacional, a China. Com o feriado mais relevante para a cultura asiática se aproximando (ano novo chinês), as negociações estão praticamente interrompidas e as expectativas estão focadas no pós comemorações. Além disso, nesta quarta-feira (07/02/24), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) do Brasil divulgou uma nota apontando que os chineses fizeram audições nas plantas frigoríficas brasileiras, mas as autoridades do gigante asiático apontaram inconformidades e não foi habilitada nenhuma nova planta por enquanto. Ainda assim, a expectativa é de que da lista que foi divulgada novas plantas sejam habilitadas para exportação a China nas próximas semanas.
Soja
Mesmo com o dólar operando em alta, a oleaginosa no mercado interno acompanha os ritmos de queda em Chicago e encerra o dia sendo negociada em torno dos R$ 117,50/sc em Paranaguá/PR.
Os futuros do grão de soja voltaram a recuar ao longo da última quarta-feira em Chicago, refletindo as perspectivas climáticas para a América do Sul no curto prazo e o movimento de preços dos derivados da oleaginosa, além do posicionamento dos agentes para o relatório de oferta e demanda do USDA que será divulgado nesta quinta-feira (08). O contrato mar/24 (ZSH24) oscilou -0,88% e terminou a sessão diurna de 07/02 cotado em US$ 11,89/bu.