Recuperação à vista?
Pacotes de incentivo econômico anunciados pelo governo chinês, movimentações de greve na Argentina juntamente com previsões de clima mais irregular no curto prazo dão sinais positivos para commodities agrícolas.
Milho 
Compradores mais ativos e vendedores mais retraídos levam a saca do milho em Campinas/SP a retomar o patamar de R$63,00/sc. Na B3, os futuros de milho acumularam mais um dia de avanços durante a última quarta-feira, pegando carona na movimentação positiva dos futuros do cereal em Chicago, apesar da queda observada na taxa de câmbio. O contrato mar/24 (CCMH24) variou +0,94% e fechou o pregão regular de 24/01 cotado em R$ 66,91/sc.
Após os futuros de trigo contabilizarem altas superiores a 2% nesta quarta-feira, além do recuo do Índice Dólar (DXY) que acaba sendo positivo às exportações norte-americanas, os futuros de milho registraram novas valorizações ao longo da sessão diurna de 24/01. O contrato mar/24 (CH24) avançou 1,29% e finalizou a sessão cotado em US$ 4,52/bu.
Boi Gordo 
A quarta-feira foi marcada por uma relativa calmaria no mercado físico do boi gordo brasileiro. Após um início de semana com muita pressão dos frigoríficos paulistas e quedas mais fortes no preço, o dia terminou com preços estaveis e poucos negócios efetivados. As escalas de abate estão em torno de 9 dias úteis, na média nacional. No Mato Grosso do Sul o recuo no comparativo semanal é de 1,1%, com o boi gordo precificado a R$ 229,40/@. Na B3, todos os contratos tiveram reajustes negativos, nesta quarta-feira (24/01), com o vencimento para jan/24 ficando cotado a R$245,85/@, queda de 0,32%, na comparação diária.
Para o mercado internacional a Argentina consegue se destacar, se consolidando como o quinto maior exportador global de carne bovina em 2023. Os argentinos embarcaram cerca de 683 mil toneladas, um incremento de 79% ante a 2022. Esse volume é o maior desde o início da década de 1980, deixando os “hermanos” atrás apenas do Brasil, Austrália, Índia e Estados Unidos.
Soja 
Com Chicago se estabilizando, a oleaginosa encerra o dia com leve alta no mercado interno, com a saca sendo vendida na casa dos R$ 123,50 em Paranaguá/PR.
Os futuros do grão de soja apresentaram oscilações mistas ao longo da última quarta-feira em Chicago, ponderando os movimentos opostos entre o farelo e o óleo de soja na CBOT, além das previsões climáticas para a América do Sul trazendo boas indicações para importantes regiões brasileiras e um clima mais seco para a Argentina entre o final de janeiro e início de fevereiro. O contrato mar/24 (ZSH24) variou +0,06% e terminou a sessão regular de 24/01 cotado em US$ 12,40/bu.