Cenário climático é o coringa
Apesar das oscilações, os contratos futuros na CBOT encerram a sexta-feira no positivo. As intensas temperaturas e falta de chuvas nas principais regiões produtoras do país geram preocupações sobre a safra 23/24.
Milho
A saca do milho em Campinas/SP encerra a semana no patamar de R$68,00/sc com menor ímpeto das pontas negociadoras. Refletindo o movimento positivo da taxa de câmbio e das cotações externas da commodity e com as atenções voltadas ao mercado doméstico, os futuros de milho registraram ganhos durante a última sexta-feira na B3. O contrato jan/24 (CCMF24) avançou 1,48% e fechou o pregão regular de 15/12 cotado em R$ 73,29/sc.
Na CBOT, os futuros de milho encerraram a sexta-feira em território positivo, acompanhando a valorização dos futuros de trigo e com os agentes monitorando a demanda pelo milho norte-americano. O contrato mar/24 (CH24) oscilou +0,78% e terminou a sessão diurna de 15/12 cotado em US$ 4,83/bu.
Boi Gordo
Após uma semana de pressão altista, os frigoríficos desaceleraram as compras nesta sexta-feira (15/12), e as cotações caíram levemente no país. No entanto, com o bom escoamento do mercado interno, a expectativa é que a arroba volte a se valorizar na próxima semana. Em Mato Grosso houve recuo de 0,1%, com o boi cotado a R$ 211,30/@, enquanto São Paulo ainda sustenta bons preços, com alta de 0,2%, cotado a R$246,80/@. Na B3, todos os contratos tiveram movimentações negativas, com o vencimento para dez/23 cotado a R$ 247,70/@, uma variação negativa de 0,12% em comparação diária.
Quanto às escalas de abate, com a oferta levemente mais restrita durante a semana, a indústria frigorífica ‘correu’ para garantir seus estoques e suprir a demanda do mercado doméstico. Com isso, as escalas de abate sofreram um recuo de 1 dia no comparativo semanal e se estabeleceram em 9 dias úteis na média nacional. Os frigoríficos do Tocantins tiveram um recuo de 2 dias úteis, estabelecendo suas programações de abate em 7 dias úteis.
Soja
Escorada nas incertezas sobre a safra 23/24 devido a falta de chuvas e temperaturas elevadas, dólar em alta e oscilações em Chicago, a soja regride sendo negociada próxima dos R$ 147,50 em Paranaguá/PR.
Oscilações mistas marcaram os futuros do grão de soja durante a última sexta-feira diante das previsões climáticas para o Brasil e Argentina, e reagindo às novas vendas de soja norte-americana divulgadas pelo USDA na temporada 23/24. Enquanto os vencimentos mais longos da oleaginosa fecharam a sexta-feira (15) no campo negativo, o contrato jan/24 (ZSF24) variou +0,13% e encerrou a semana cotado em US$ 13,16/bu.