Chuvas para depois?
Modelos climáticos voltam a indicar menores volumes de chuvas e temperaturas mais elevadas para importantes regiões produtoras do Brasil no curto prazo. Futuros do complexo soja avançam em Chicago com impactos do clima e novas revisões da safra brasileira no radar.
Milho 
A semana abre com a continuação da valorização do milho mercado físico, se aproximando dos R$67,50/sc em Campinas/SP, respaldado na contínua incerteza sobre a 2ª safra do grão em 2024. Movimentações mistas e uma menor liquidez foram observadas para os futuros de milho neste início de semana na B3, ponderando o avanço da taxa de câmbio e a incerteza quanto à oferta do cereal em 2024. O contrato jan/24 (CCMF24) oscilou -0,13% e fechou o pregão regular de segunda-feira (11) cotado em R$ 71,35/sc.
Em Chicago, os futuros de milho encerraram a segunda-feira em território negativo, com o mercado absorvendo melhor os números do último relatório WASDE de 08/12, refletindo o balanço mais aliviado para a commodity a nível mundial, e acompanhando o movimento de queda dos futuros de trigo. O contrato mar/24 (CH24) desvalorizou 0,82% e terminou a sessão diurna de 11/12 cotado em US$ 4,82/bu.
Boi Gordo 
O mercado físico começa a semana com os preços sem grandes movimentações, mas com pressão altista nos bastidores, as vendas boas no varejo paulista e a resistência do pecuarista em negociar novos lotes sustenta os preços. Em São Paulo, houve leve recuo de 0,2%, com o boi cotado a R$ 242,70, enquanto no Tocantins registrou-se um leve incremento de 0,3% cotado a R$ 221,80/@. Na B3, todos os contratos tiveran ajustes positivos, o vencimento para dezembro ficou em R$ 249,20/@, alta de 0,63%.
Para a exportação de carne bovina in natura nos primeiros 6 dias úteis de dez/23, foram exportadas 64,88 mil toneladas de carne bovina in natura. Com média diária de 10,81 mil toneladas e uma expansão semanal de 41,14%. A expectativa é que 2023 encerre com 2,78 milhões de toneladas equivalente carcaça (TEC) exportadas.

Soja 
Com suporte da forte valorização na CBOT aliada à sustentação do dólar, a saca de soja em Paranaguá/PR registra suave valorização sendo negociada na casa dos R$147/sc.

Impulsionados pela forte valorização dos derivados, os futuros do grão de soja registraram ganhos superiores a 2% nesta segunda-feira na CBOT, onde a indicação de menores volumes de chuvas para o Brasil no curto prazo também adicionou prêmio de risco às cotações da oleaginosa. Neste sentido, o contrato jan/24 (ZSF24) avançou 2,45% e acabou precificado em US$ 13,36/bu.