Alívio momentâneo?
Previsões de bons volumes de chuvas para a região Central e Norte do Brasil no curto prazo refletem em um recuo dos preços de soja e milho em Chicago e na B3. Já o dólar futuro volta a fechar acima dos R$ 4,9 na bolsa brasileira
Milho 
No mercado físico, os preços do milho registraram pequenos recuos e, em Campinas/SP, o cereal foi negociado pouco abaixo dos R$ 61,00/sc. Os futuros da commodity apresentaram pequenas oscilações no campo negativo durante a última sessão da semana na B3, refletindo o movimento oposto entre a taxa de câmbio e as cotações em Chicago, e com os agentes atentos à possível melhora das condições de clima para importantes regiões produtoras no Brasil no curto prazo. O contrato jan/24 (CCMF24) variou -0,15% e fechou o pregão regular de 6ª feira (17) cotado em R$ 66,99/sc.
Na CBOT, os futuros de milho voltaram a acumular perdas ao longo da última sexta-feira, onde o mercado monitora a competitividade do cereal norte-americano juntamente com a oferta recorde em 23/24. O contrato dez/23 (CZ23) retrocedeu 1,63% e terminou a sessão diurna de 17/11 cotado em US$ 4,67/bu.
Boi Gordo 
O pecuarista terminou a última semana “ganhando”, visto que todas as praças monitoradas apresentaram estabilidade ou leves incrementos, o mercado físico se viu com uma oferta um pouco mais comedida e as indústrias frigoríficas abastecendo seus estoques para as festividades de fim de ano. A região norte que apresentava dificuldades para sustenar as cotações, hoje demonstrou reação, no Pará o acréscimo foi de 1,6% e no Tocantins de 0,2%, precificados a R$ 208,20/@ e R$ 217,30/@, respectivamente. Na B3, todos os contratos tiveram ajustes posivitos, exceto o vencimento para dez/23 que recuou 0,12% e ficou cotado a R$ 243,80/@.
Para as escalas de abate, apesar da ausência de chuvas e o clima seco que paira sobre o país, as escalas de abate recuaram 1 dia útil na média nacional, encerrando a sexta-feira em 8 dias úteis. Para as indústrias mineiras, o ajuste foi de 2 dias úteis, ficando com as escalas próximas a 11 dias úteis, sendo as programações de abate mais longas do país.
Soja 
Os preços da oleaginosa seguiram de lado no mercado doméstico ao longo da última sexta-feira, reagindo à valorização do dólar americano frente ao real e à queda das cotações na CBOT. Em Paranaguá/PR, a soja foi comercializada na média de R$ 144,50/sc.
Os futuros do grão de soja estenderam o movimento de queda em Chicago diante das previsões de chuvas para a região Central e Norte do Brasil a partir dos próximos dias, favorecendo o andamento do plantio que segue atrasado em relação ao ano anterior. O contrato jan/24 (ZSF24) desvalorizou 1,47% e encerrou a sessão regular de sexta-feira (17) cotado em US$ 13,40/bu.