Brasil dividido
Assim como as chuvas, cenário de preços do boi gordo segue destoante no Brasil
Boi Gordo 
O mercado físico continua a apresentar divergências, enquanto algumas regiões estão sofrendo com a ausência de chuvas e as pastagens se degradam, outras veem preços firmes com uma oferta de bovinos controlada. A região norte do país continua sendo a mais afetada, no Pará foi registrado uma queda de 1,4% no preço do boi gordo que ficou precificado a R$ 204,90/@ enquanto do outro lado, em Minas Gerais, houve um leve incremento de 0,2%, ficando cotado a R$ 223,30/@. Na B3, o vencimento para nov/23 teve um reajuste negativo de 0,54%, ficando cotado a R$ 239,20/@.
No mercado internacional, a China demonstrou uma movimentação mais ativa em comparação a semana passada, apesar dos preços pagos não terem registrado melhoras. O dianteiro está sendo negociado entre US$ 4.000 a US$ 4.300/t. Apesar do ritmo mais lento de importação da China, o Brasil segue sendo o maior fornecedor de proteína bovina para o gigante asiático, que importaram 2,04 milhões de toneladas nos nove primeiros meses de 2023, sendo que 41,15% foi originada do Brasil.
Milho 
No mercado doméstico, os preços do cereal voltaram a avançar diante do atual cenário climático e demanda firme. Em Campinas/SP o cereal é comercializado levemente acima dos R$ 61,00/sc. Na B3, os futuros de milho registraram quedas superiores a 1% nesta quinta-feira pós-feriado, apresentando movimentos de correções técnicas, onde o mercado monitora o andamento da safra de verão juntamente com o calendário para o milho em 2024. O contrato jan/24 (CCMF24) desvalorizou 1,70% e encerrou o pregão regular de 16/11 cotado em R$ 67,09/sc.
Em Chicago, os futuros de milho terminaram a quinta-feira em território positivo, reagindo aos dados de vendas do cereal norte-americano até a semana encerrada em 09/11 acima das projeções de mercado, totalizando 1,808 milhão de toneladas. Neste sentido, o contrato dez/23 (CZ23) variou +0,85% e fechou a sessão diurna de 5ª feira (16) a US$ 4,75/bu.
Soja 
Acompanhando o movimento de queda em Chicago e certa estabilidade da taxa de câmbio, a soja apresentou um pequeno recuo e, em Paranaguá/PR, a oleaginosa foi negociada na média de R$ 144,50/sc.
Desvalorizações superiores a 1% foram observadas para os futuros do grão de soja ao longo da última quinta-feira em Chicago. Apesar dos bons números de vendas semanais da oleaginosa norte-americana reportados pelo USDA (3,918 milhões de toneladas até 09/11), a indicação do retorno das chuvas para o Centro-Norte do Brasil a partir deste final de semana retirou prêmio de risco das cotações da commodity na CBOT. O contrato jan/24 (ZSF24) retrocedeu 1,79% e finalizou a sessão diurna de 16/11 cotado em US$ 13,60/bu.