Ganhando corpo
Com aumento de oferta e escalas de abate confortáveis, frigoríficos tentam reduzir preços
Boi Gordo 
O mercado físico sentiu o “baque” do aumento da oferta de bovinos, com isso houve recuo nas cotações de algumas praças pecuárias. Após o Norte e Centro – Oeste terem sentido a pressão baixista, hoje em São Paulo, o boi gordo pronto para o abate encerrou a sexta-feira (27/10) com leve recuo de 0,2% no comparativo diário, ficando precificado a R$ 236,90/@, entretanto no comparativo semanal, teve acréscimo de 0,9%, demonstrando que a “queda de braço” entre pecuaristas e frigoríficos ainda não tem um vencedor claro. Na B3, todos os contratos tiveram reajustes positivos, o vencimento para nov/23 teve incremento de 0,93% ficando precificado a R$ 238,15/@.
As escalas de abate respondem ao crescimento de oferta e com isso os frigoríficos negociam de maneira cadenciada para assegurar preços menores, a média nacional das escalas de abate fechou a semana em 9 dias úteis, 1 dia de aumento comparado a semana anterior, sendo o maior nível desde a segunda quinzena de setembro. A expectativa para uma maior demanda do mercado doméstico para as próximas semanas pode contribuir para o enxugamento da oferta e por fim a queda nas cotações.
Milho 
Com o mercado ainda operando em baixa liquidez, os preços do milho seguem de lado e o cereal é comercializado na faixa de R$ 59,00/sc em Campinas/SP. Os futuros de milho encerraram a sexta-feira em território positivo na bolsa brasileira, apoiando-se na movimentação de alta da taxa de câmbio e das cotações externas da commodity, sustentando a paridade de exportação. O vencimento nov/23 (CCMX23) valorizou 1,41% e fechou o pregão regular de 27/10 cotado em R$ 60,24/sc.
Após a sequência de recuos diários na CBOT, os futuros de milho terminaram a sexta-feira no campo positivo, apresentando correções técnicas de alta diante da expectativa de crescimento das vendas do cereal norte-americano e com os agentes monitorando o mercado climático na América do Sul. O vencimento dez/23 (CZ23) variou +0,31% e encerrou a sessão diurna de 6ª feira (27) a US$ 4,81/bu.
Soja 
Apesar dos futuros voltarem a se valorizar em Chicago, os preços da soja no mercado físico brasileiro seguiram de lado, com a oleaginosa sendo negociada a R$ 143,00/sc em Paranaguá/PR.
Os futuros do grão de soja registraram altas acima de 1% durante a última sexta-feira na CBOT, reagindo à forte valorização dos futuros do farelo de soja em Chicago e à indicação de clima irregular para o Brasil no curto prazo. O vencimento nov/23 (ZSX23) avançou 1,39% e terminou a última sessão regular da semana a US$ 12,97/bu.