O presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Antônio Jorge Camardelli, informou hoje que os dados sobre exportação de carne bovina vão continuar distorcidos por mais alguns meses, em virtude do processo de adequação no sistema de coleta de dados do Ministério de Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). “Ainda vamos conviver com distorções nos resultados de exportação de carnes por mais meses”, disse ele ao Broadcast Agro, minutos antes da abertura do Agrifinance, evento realizado pela XP Investimentos e a consultoria Datagro, nesta terça-feira, na capital paulista.

O executivo comentou que participou de uma reunião no MDIC na semana passada e, por enquanto, o sistema de coleta de dados ainda passa pela etapa de implementação. “Apesar deste período, o sistema ficará muito mais fluído”, afirmou.

A exportação de carne bovina in natura somou 130,9 mil toneladas em julho, volume 140,6% superior ao total de 54,4 mil toneladas embarcadas em junho, segundo o MDIC. Na variação anual, o avanço foi de 24,4% ante as 105,2 mil toneladas vendidas ao exterior em julho de 2017. A receita com as vendas da proteína animal atingiu US$ 636,7 milhões no mês passado, aumento de 128,3% comparado ao mês anterior, quando o faturamento bateu em US$ 278,9 milhões. O montante é 42,7% maior que os US$ 446,2 milhões obtidos em igual mês do ano passado.

Rússia

Sobre as negociações para reabertura dos embarques da proteína bovina para o mercado russo, Camardelli explicou que todos os requerimentos já foram entregues para o governo daquele país. No entanto, ainda não há um prazo estabelecido para a retomada das exportações. “Acreditamos que será em breve”, estimou. (AE)