Após negociações entre o presidente Michel Temer e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, durante a 10ª Cúpula do Brics, em julho, na África do Sul, a expectativa de representantes das indústrias de carnes brasileiras é que os russos retomem as compras de proteína animal do País ainda neste mês, disse uma fonte nos bastidores do Congresso Brasileiro do Agronegócio, realizado nesta segunda-feira pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) e pela B3, na capital paulista. O encontro ocorrido no mês passado na África teve a presença de representantes do bloco que reúne os países emergentes Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

“A Rússia passou por diversas ocorrências de peste suína africana e abateu muitos animais, o que gerou excesso de oferta interna depois deste problema sanitário. O fechamento do mercado também teve um tom protecionista”, diz a fonte.

No caso da carne suína, o embargo russo se deu por causa da presença de ractopamina em produtos oriundos de quatro plantas frigoríficas do Brasil. A ractopamina é uma substância permitida no Brasil, que não causa danos à saúde, mas proibida na Rússia. (AE)