Há luz no fim do túnel?
Vendas de carne bovina no varejo são animadoras e cria expectativa para que quedas do boi gordo sejam interrompidas .
Boi gordo 
Em São Paulo, o animal pronto para abate encerrou o dia precificado em R$ 202,70/@, com recuo diário de 0,4% e acúmulo de queda de 3,3% em comparação a segunda passada. Apesar da desvalorização no comparativo diário, notou-se um fluxo de vendas melhor no varejo, o que pode levar a interrupção na queda dos preços do boi gordo no médio prazo. Na B3, os contratos futuros iniciaram a semana em queda e com algumas cotações inferiores à R$ 200,00/@, destaque para set/23 que foi precificado à R$ 193,85/@ e recuo diário de 2,86%.
No atacado paulista não notou-se diferenciação de preços, em São Paulo, a carcaça casada continua sendo negociada a R$ 13,30/kg. No entanto, todas as mercadorias disponibilizadas para a comercialização ao final da semana passada foram negociadas e nota-se maior apetite por alguns cortes e carcaças, com destaque para a carcaça do boi castrado, o dianteiro e a ponta de agulha, com isso, cresce a expectativa de valorização desses.
Milho 
Os negócios iniciaram a semana em ritmo lento no mercado físico do milho e os preços andaram de lado, com o cereal sendo comercializado a R$ 53,50/sc em Campinas/SP. Oscilações no campo misto marcaram os futuros de milho no dia de ontem na B3, reagindo à paridade de exportação firme com a valorização dos preços em Chicago, porém apresentando menor liquidez neste início de semana. Diferentemente dos vencimentos mais longos, o contrato set/23 (CCMU23) oscilou -0,44% e fechou o pregão regular de 2ª feira (28) cotado em R$ 53,95/sc.
Na CBOT, os futuros de milho acumularam ganhos superiores a 1% nesta segunda-feira, refletindo as indicações de temperaturas acima do normal e chuvas abaixo da média para os próximos dias no meio-oeste dos EUA, e com os agentes atentos à demanda pela commodity norte-americana. Avançando 1,65%, o vencimento set/23 (CU23) terminou a sessão diurna de 28/08 a US$ 4,79/bu.
Soja 
Acompanhando a alta dos futuros em Chicago, a soja avançou no mercado físico brasileiro. Em Paranaguá/PR, a oleaginosa é comercializada a R$ 152,00/sc.
Em meio às condições climáticas desfavoráveis para os EUA no curto prazo, juntamente às menores estimativas da ProFarmer de produção das lavouras norte-americanas de soja ante o report de ago/23 do USDA, os futuros do grão de soja seguiram pressionados para cima neste início de semana em Chicago. O vencimento nov/23 (ZSX23) valorizou 1,30% e encerrou a sessão regular de 28/08 a US$ 14,06/bu.