Vazio no MS e cheio em MG?
Frigoríficos do país tem situações em extremos opostos, enquanto Minas Gerais tem escalas confortáveis, no Mato Grosso do Sul a situação é mais apertada.
Milho
A maior disponibilidade do cereal no mercado interno juntamente com as recentes desvalorizações internacionais da commodity fizeram com que a saca de milho voltasse a ser negociada pouco acima dos R$ 53,00 no mercado físico de Campinas/SP. Os futuros de milho encerraram a última sexta-feira em território negativo na bolsa brasileira, ponderando o movimento de queda do dólar americano e o avanço da colheita da 2ª safra para a metade final da área a nível nacional. O contrato set/23 (CCMU23) desvalorizou 0,94% e fechou o pregão regular de sexta-feira cotado em R$ 54,86/sc.
Após a sequência de recuos diários, os futuros de milho acumularam pequenas valorizações durante o último pregão da semana em Chicago em um movimento de correção técnica de alta, similar ao apresentado pelos futuros de trigo na CBOT. Neste sentido, o vencimento set/23 (CU23) variou +0,73% e terminou a sessão de 04/08 cotado em US$ 4,84/bu.
Boi Gordo
Mais uma semana que foi marcada por contínua pressão dos frigoríficos por preços menores, mas sem tanta efetividade como nas semanas anteriores. Em São Paulo, a sexta-feira foi marcada por leve valorização no preço do boi gordo, que avançou 0,25% no comparativo diário, fechando o dia à R$ 229,49/@. Na B3, os vencimentos futuros encerraram a sexta-feira recuando, com destaque para ago/23 que fechou o dia cotado à R$ 230,85/@, com uma queda de 0,75%.
Apesar da pressão negativa ter sido menos intensa durante a semana, a escala dos frigoríficos não demonstrou um cenário uniforme de redução. A média nacional ficou na casa dos 10 dias úteis, no entanto, há situações díspares entre os estados. Enquanto Minas Gerais tem o conforto de 17 dias de escalas preenchidas, Mato Grosso do Sul vê os frigoríficos do estado conseguirem alongar por no máximo 5 dias suas programações de abate.
Soja
Reagindo ao movimento movimento positivo dos futuros em Chicago, a soja foi comercializada na média de R$ 147,80/sc em Paranaguá/PR.
Ainda refletindo o aumento da demanda pela soja norte-americana, além da atenção dos agentes voltada às atualizações de clima e ao próximo relatório de oferta e demanda do USDA, os futuros do grão de soja contabilizaram pequenos ganhos na última sexta-feira em Chicago. O contrato set/23 (ZSU23) valorizou 0,36% e finalizou a sessão diurna de 6ª feira (04) a US$ 13,87/bu.