As exportações de carne de aves deverão voltar ao patamar de 300 mil toneladas ao mês em julho, estima a Associação Brasileira de Proteína Animal (Abpa). Para o diretor da entidade, Ricardo Santin, a perspectiva é de uma recuperação dos embarques ainda na segunda metade do ano.

“Esperamos um segundo semestre de recuperação, depois de uma primeira metade do ano bastante difícil.” Segundo ele, o crescimento deve ocorrer em razão da regularização de plantas que exportavam para a Europa, excluindo aquelas que foram suspensas. “A maioria das unidades de abate voltou a fazer o produto in natura, o que nos permite ampliar o volume exportado, reduzindo a pressão de preços e o volume no mercado interno”, estima Santin. “Com isso, voltaremos a exportar mais de 300 mil toneladas neste mês.”

A média histórica brasileira de embarques é de cerca de 360 toneladas mensais. A greve dos caminhoneiros, que causou a morte de 70 milhões de animais e diminuiu o peso das aves pela falta de alimentos, também reduziu a oferta no mercado interno.

Embargo

Representantes da Rússia e do Brasil discutiram nesta segunda-feira (23) questões técnicas sobre o embargo imposto no final do ano às carnes brasileiras. “Ainda não há indicativos, mas esperamos que essa liberação possa ocorrer neste semestre”, salienta Santin.