O comércio global de carnes em 2023 deverá somar 42,1 milhões de toneladas (equivalente carcaça), 0,6% acima do registrado em 2022, e o Brasil e a Austrália deverão atender à maior parte do crescimento da demanda esperada para o ano, segundo a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO).
A alta disponibilidade de produtos para exportação, o status livre de doenças e preços competitivos justificam a posição do Brasil e da Austrália no atendimento ao mercado global, segundo o relatório Food Outlook divulgado pela FAO na quinta-feira (15).
O leve aumento no comércio global de carnes esperado em 2023 é sustentado por expectativas de expansão das importações aliadas ao aumento das vendas no setor de food service, principalmente na China, após o fim das restrições do país relacionadas à pandemia de covid-19.
“No entanto, a crescente disponibilidade de fontes domésticas e o menor poder de compra do consumidor em meio aos altos preços dos alimentos e desacelerações econômicas podem levar a quedas nas importações na maioria dos países importadores de carne, compensando parcialmente os aumentos previstos”, disse a FAO.
A produção global de carnes em 2023 é estimada em 363,9 milhões de toneladas, 0,4% acima do registrado em 2022, impulsionada pelo aumento de 1,3% na produção de carne de aves, para 142,7 milhões de toneladas. A produção de carne ovina também deve aumentar 1% para 16,8 milhões de toneladas.
A produção de carne bovina deve cair 0,2%, a 76,1 milhões de toneladas, e a de carne suína deve ter queda de 0,5%, para 121,7 milhões de toneladas, segundo a FAO.
(CarneTec)