Currais cheios e supermercados também
Oferta elevada dificulta recuperação do boi gordo
Milho🌽
Em um dia de volume de negócios reduzido, o milho seguiu andando de lado no mercado físico de Campinas/SP e fechou a sexta-feira comercializado na faixa de R$ 54,00/sc. Apesar do movimento de alta observado em Chicago, a desvalorização do dólar americano frente ao real pesou sobre os futuros de milho que terminaram a sexta-feira em território negativo na B3. O contrato jul/23 (CCMN23) retrocedeu 1,37% e fechou o pregão regular de 02/jun a R$ 53,85/sc.
A indicação de chuvas abaixo do normal e de temperaturas acima da média para o cinturão agrícola dos EUA, entre 07 e 11/jun, continuou trazendo volatilidade para os futuros do cereal durante a última sexta-feira em Chicago. Também no dia 02/06, o USDA reportou vendas de 312,648 mil toneladas de milho norte-americano (safra 23/24) até a semana encerrada em 25/05, o que ajudou a sustentar os vencimentos mais longos da commodity na CBOT. O contrato jul/23 (CN23) avançou 2,78% e encerrou a sessão diurna de 02/06 cotado em US$ 6,09/bu.
Boi gordo 🐂
A semana encerrou com aumento da liquidez no mercado físico, no entanto, a elevada oferta favoreceu a queda do preço do boi gordo nas principais praças brasileiras, como em GO e MT. Em São Paulo o “boi comum” segue negociado em R$ 235,00/@ e R$ 245,00/@ para o “boi China”. No mercado futuro, os contratos fecharam em queda, com destaque para set/23 que apresentou a maior variação do dia, -0,61% e -0,38% para jun/23.
A facilidade na compra gera consequências sobre as programações dos frigoríficos, houve aumento de 1 dia na escala de abate brasileira, no comparativo semanal, fixando-se na média de 10 dias. E isso justifica a pressão baixista sobre o preço do boi gordo.
Soja 📊
Acompanhando a alta dos futuros em Chicago, a soja avançou no mercado físico brasileiro. Em Paranaguá/PR, a oleaginosa é negociada na média de R$ 134,50/sc.
Os futuros do grão de soja pegaram carona no forte avanço dos futuros de óleo de soja e petróleo WTI na última sexta-feira e acumularam novas altas acima de 1% na CBOT, com os participantes atentos também ao mercado climático norte-americano. Neste sentido, o vencimento jul/23 (ZSN23) valorizou 1,73% e terminou a última sessão regular da semana a US$ 13,53/bu.
Agrifatto