A unidade da BRF em Lucas do Rio Verde, em Mato Grosso, foi autorizada a exportar carne suína e de frango à China, informou a empresa na terça-feira (16).
“A fábrica de Lucas do Rio Verde é uma das fábricas mais importantes da BRF, tanto de suínos quanto de aves. A possibilidade de que integre o nosso rol de opções para a China vai fazer uma diferença importante para a empresa”, disse o presidente da BRF, Miguel Gularte, em teleconferência de resultados da companhia.
A BRF já havia obtido autorizações da China para exportar carne de frango produzida pela Companhia Minuano de Alimentos, que é fornecedora exclusiva de produtos para a BRF, em novembro do ano passado, e pela unidade localizada em Marau, no Rio Grande do Sul, em março deste ano.
A BRF teve um prejuízo de R$ 1 bilhão no primeiro trimestre, afetada pelo cenário desafiador de preços nos mercados exportadores.
A melhora no cenário global de oferta e demanda de aves, a redução nos custos de grãos e a diversificação de opções de destinos de exportação deverão colaborar para os resultados da companhia a partir do segundo trimestre.
O diretor financeiro da BRF, Fábio Mariano, disse que a rentabilidade no segmento também deve ser alavancada pelas capturas do plano de eficiência da companhia que começam a refletir no custo do produto vendido.
“A gente espera, já a partir do segundo trimestre, uma nova realidade para as exportações, especialmente de frango, para todos os destinos”, disse Mariano.
Gripe aviária
A BRF não espera que os casos de influenza aviária de alta patogenicidade identificados em três aves migratórias no Espírito Santo tenham impacto nas exportações de carne de frango brasileira.
“O nosso sistema industrial segue livre, não existe nenhum caso de gripe aviária manifestado em produções industriais”, disse Gularte.
“A gente não espera grandes novidades nesse aspecto, as medidas estão sendo tomadas… As boas práticas e a robustez do sistema brasileiro nos permitem trafegar por este momento, um momento para o qual todos estamos preparados, não só as empresas mas os sistemas públicos de controle, através do Mapa e nossas associações.”
(CarneTec)