Empresas de fertilizantes estão conseguindo com algumas transportadoras frete a preços intermediários entre o que era cobrado antes e depois do tabelamento, dizem à coluna fontes do setor. A negociação visa garantir que o campo receba ao menos parte do insumo necessário ao plantio da safra 2018/19, que começa em agosto.
Hoje, a maior parte do volume está parada nos portos. A região de Londrina, no norte do Paraná, por exemplo, teria recebido até agora cerca de 40% do esperado para esta época. Já Mato Grosso do Sul, 30%, e Mato Grosso, maior produtor nacional de grãos, menos que isso. O setor produtivo teme que, se o presidente Michel Temer sancionar a MP do Frete, aprovada na semana passada pelo Congresso, fertilizantes ficarão mais caros, o que pode inibir a compra do insumo por agricultores.
No porto de Paranaguá, adubos estão sendo descarregados normalmente, segundo a administração. Em junho, o terminal recebeu cerca de 835 mil toneladas, 12% menos que em igual mês de 2017. A maior parte teria sido acomodada nos 60 armazéns do local, geridos pela iniciativa privada. “Algumas empresas conseguem transferir produto para as fábricas, mas estamos trabalhando em ritmo inferior ao necessário e dificilmente conseguiremos recuperar o atraso”, diz Carlos Heredia, presidente do Conselho da Associação Nacional de Difusão de Adubos (Anda).