A proposta de rastreabilidade individual de bovinos e bubalinos no País, que prevê um sistema voluntário e com prazo mínimo de oito anos para adaptação dos produtores rurais, foi apresentada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) à Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Carne Bovina. Em nota, a CNA diz que o projeto foi construído ao longo de um ano e meio pelas federações estaduais de agricultura e pecuária e pelas principais entidades do setor que fazem parte do colegiado. “O Ministério da Agricultura deixou claro que implantará a rastreabilidade individual. Com o entendimento de que isso é um caminho sem volta, nós da CNA decidimos fazer uma proposta baseada nas necessidades do pecuarista para que seja de fácil implantação, com tempo suficiente, adesão voluntária e que tenha seus custos reduzidos ao máximo”, afirmou o presidente da Comissão, Francisco Olavo Pugliesi de Castro. Segundo ele, o pecuarista é o ator principal e se ele não visualizar qualquer benefício, sua adesão fica prejudicada afetando toda a cadeia.

A proposta apresentada pela CNA contempla, entre outros, três pontos fundamentais: a adesão dos produtores deve ser voluntária; os pecuaristas devem ter um prazo mínimo de oito anos para se adaptar; e a gestão e o controle da distribuição da numeração oficial e o banco de dados ficarão a cargo da CNA e não estarão disponíveis de forma pública. “Nós temos tecnologias suficientes para facilitar essa adesão. As novas ferramentas que surgem diariamente estão chegando para ajudar o pecuarista no manejo produtivo e na operação”, afirmou Castro.

Para a CNA, a rastreabilidade individual é a base para os protocolos privados e o “único investimento que o produtor precisará fazer” é a aquisição dos elementos de identificação individual. A proposta prevê a inserção das informações dos animais no sistema gratuitamente.

Ainda de acordo com a CNA, os integrantes da Câmara Setorial têm até 15 de maio para sugerir melhorias e ajustes, que serão validados na reunião ordinária da Câmara Setorial no dia 30 de maio. Posteriormente, a proposta será protocolada no Ministério da Agricultura.

(Broadcast Agro)