A representação do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Buenos Aires reduziu sua estimativa para a produção de soja na Argentina em 2022/23 de 36 milhões para 23,9 milhões de toneladas, com rendimento de 1,58 tonelada por hectare. Segundo o escritório do USDA, a estimativa de produção representa o nível mais baixo em 24 anos e a de rendimento é a menor em quase 50 anos.
“A combinação de falta de umidade inicial do solo, chuvas fracas e calor intenso nos importantes meses de janeiro e fevereiro levou a quedas generalizadas de rendimento no centro da Argentina, a mais importante região produtora de soja”, disse o USDA em relatório.
Com a nova estimativa de produção, o USDA em Buenos Aires acredita que a Argentina terá de importar um recorde de 11 milhões de toneladas de soja para abastecer as esmagadoras do país. Além disso, a expectativa de esmagamento foi cortada de 36,5 milhões para apenas 29,5 milhões de toneladas em 2022/23, ante cerca de 40 milhões de toneladas nos últimos anos. A estimativa de embarques de farelo é de 18,75 milhões de toneladas, em comparação a 25 milhões de toneladas em 2021/22, o que pode fazer a Argentina perder a posição de maior exportador mundial do derivado.
Para 2023/24, o UDSA em Buenos Aires projeta uma safra de 50,5 milhões de toneladas, com rendimento de 2,99 toneladas por hectare.