Os investimentos feitos em Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas do Agronegócio (Fiagro) no último ano, entre fevereiro de 2022 e igual mês de 2023, aumentaram 310% e alcançaram um patrimônio líquido total de R$ 11,9 bilhões, aponta boletim mensal do Ministério da Agricultura sobre finanças privadas do agro. Há um ano, o montante era de R$ 2,9 bilhões, de acordo com o documento. O número de fundos no período também cresceu de forma expressiva, 257%. Eram 14 há um ano; hoje, são 50 em operação.

O boletim mensal, que começou a ser publicado neste ano, acompanha ainda o desempenho de outros títulos do agro, tomando por base dados fornecidos pelas entidades registradoras de ativos financeiros B3, CERC e CRDC, além de órgãos como a Comissão de Valores Mobiliários e o Banco Central do Brasil.

O estoque de Cédulas de Produto Rural (CPR) registradas no intervalo de fevereiro de 2022 a fevereiro de 2023 aumentou 81%, para R$ 232,58 bilhões. Já na comparação com fevereiro de 2021, a alta foi de 741%. O número de CPRs saiu de 56 mil há um ano para 119 mil no mês passado. Desde o início da safra 2022/23, em julho, até fevereiro, o montante de CPR registrado aumentou 66%, chegando a R$ 174,54 bilhões.

Os estoques de recursos captados por Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) aumentou 80% entre fevereiro do ano passado e igual mês deste ano, saindo de R$ 201,54 bilhões para R$ 362,76 bilhões. Do montante captado por instituições financeiras, ao menos 35% deve ser destinado ao financiamento rural, o equivalente a R$ 126,96 bilhões em fevereiro deste ano. Além disso, dos 35% direcionados ao financiamento rural, pelo menos 30% devem ir para operações de crédito rural que seguem o manual de crédito rural do Banco Central, valor correspondente a R$ 38,08 bilhões.

O boletim informa que os recursos captados por meio de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA), que no último ano aumentaram 46%, saindo de R$ 69,34 bilhões para R$ 101,59 bilhões. Na comparação com fevereiro de 2021, quando o estoque de CRA era de R$ 47,88 bilhões, a alta foi de 112%.

Além disso, houve um incremento de 40% do estoque de Certificados de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA), títulos emitidos por cooperativas ou empresas que realizem comercialização, beneficiamento ou industrialização de produtos agrícolas e insumos. Em fevereiro deste ano, o valor chegou a R$ 29,60 bilhões, ante R$ 21,08 bilhões um ano antes. Em relação a fevereiro de 2021, quando o estoque era de R$ 10,3 bilhões, o avanço foi de 187% em dois anos.

(Broadcast Agro)