Os abates bovinos em Mato Grosso, estado com o maior rebanho brasileiro, somaram 466 mil cabeças em janeiro, alta de 8,28% em relação a dezembro, impulsionando a utilização frigorífica do estado, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
A utilização real frigorífica, informada mensalmente pelas indústrias, subiu 12,44 pontos percentuais em janeiro para uma média de 85,74% da capacidade utilizada.
“Para o mês de fevereiro, dada a entrada de férias coletivas de alguns frigoríficos e o menor número de dias úteis no período, é esperada uma menor ociosidade das indústrias frigoríficas, uma vez que a redução de plantas operantes resulta em maior número de animais terminados disponíveis no mercado para abate”, disse o Imea em relatório divulgado no site do instituto na segunda-feira (20).
As exportações recordes de carne bovina de Mato Grosso em janeiro também colaboraram para acelerar os abates.
O estado exportou 47,73 mil toneladas de carne bovina no primeiro mês de 2023, alta de 16% em relação a janeiro do ano anterior e o maior volume já registrado para um mês de janeiro.
“Esse movimento foi impulsionado, principalmente, pelo volume de compras da China, que aumentou as importações em 194,64% ante janeiro de 2022”, disse o Imea.
Apesar de aumentar o volume de compras, a China reduziu em 20,83% o valor pago pelo quilo da carne bovina mato-grossense no comparativo anual.
O quilo da carne bovina exportada por Mato Grosso em janeiro esteve na média de US$ 3,68, queda de 2,38% ante igual mês de 2022.
Apesar da queda geral no preço da proteína exportada, os envios para a União Europeia registraram preço 41,25% maior a US$ 5,20/kg. Mato Grosso exportou 2,72 mil toneladas de carne bovina para a UE em janeiro.
(CarneTec)