Em um dia volátil no mercado financeiro, o dólar teve leve queda, mas permaneceu acima de R$ 5,20. A bolsa de valores iniciou a sessão em baixa, mas reverteu a tendência perto do fim das negociações e fechou com leve alta.
O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (16) vendido a R$ 5,212, com queda de 0,16%. A moeda iniciou o dia em alta, chegando a subir para R$ 5,26 na máxima do dia, por volta das 10h45. No entanto, reverteu o movimento a partir das 15h, influenciado pela perda de força da moeda norte-americana no exterior. Na mínima do dia, por volta das 15h30, chegou a cair para R$ 5,20.
Apesar da queda de hoje, o dólar acumula alta de 2,66% em fevereiro. Em 2023, a divisa cai 1,29%.
No mercado de ações, o dia terminou com ganhos, apesar de turbulências no início da sessão. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 109.941 pontos, com alta de 0,31%. A bolsa começou o dia sob o impacto de balanços de diversas empresas que apuraram lucro menor que o previsto. No entanto, o ambiente melhorou ao longo da tarde, com a redução das tensões entre o governo e o Banco Central.
O mercado passou o dia aguardando a primeira reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O encontro terminou sem alteração da meta de inflação para 2023. Uma declaração de Lula durante a tarde dizendo que não tem interesse em brigar com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, amenizou os ânimos.
Nos Estados Unidos, o mercado financeiro começou o dia pessimista após a divulgação de que a inflação aos produtores norte-americanos subiu acima do previsto em janeiro e de que os pedidos de seguro-desemprego caíram mais que o esperado. Os dados aumentaram as chances de o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) manter os juros elevados por mais tempo para conter a inflação.
Taxas mais altas em economias avançadas pressionam países emergentes, como o Brasil. No entanto, o dólar perdeu força durante a tarde em todo o planeta, após um diretor regional do Fed dizer que a tendência é que a inflação perca força e o desemprego aumente nos próximos meses, o que dispensaria um aperto monetário maior que o previsto.
(Agência Brasil)