A Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS) pediu ao governo federal a prorrogação dos contratos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e uma linha de crédito emergencial aos produtores rurais em virtude da estiagem que afeta o Estado. Os pedidos foram feitos em reunião da Fetag com o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, realizada na última sexta-feira (27), informou a federação em nota. No encontro, a federação entregou uma lista de ações emergenciais ao ministro para amenizar prejuízos causados pela estiagem nas lavouras.

Quanto ao Pronaf, a entidade pediu ao governo recursos para equalização da prorrogação das operações de custeio e investimento com vencimento no período de 1º de janeiro e 31 de julho deste ano e desconto (rebate) de 35% sobre a parcela vencida ou “vincenda” aos agricultores que irão liquidar até 31 de dezembro. A linha de crédito emergencial, requerida pela Fetag, é proposta com teto de financiamento de até R$ 50 mil por produtor, com prazo de reembolso de até 10 anos e bônus de adimplência de 30% para a reestruturação das propriedades. A Fetag solicitou também ao governo o fortalecimento dos estoques de milho e subsídio de 30% para o produtor adquirir o cereal nos armazéns credenciados no Programa de Venda em Balcão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Segundo a Fetag, Teixeira disse aos produtores que os Ministérios do Desenvolvimento Social, o MDA e a Casa Civil discutem as medidas e que espera ter “alguma resposta” para a estiagem no Estado em duas semanas. O interlocutor do tema será o secretário de Agricultura Familiar e Agroecologia do MDA, Vanderley Ziger.

O presidente da Fetag-RS, Carlos Joel da Silva, lembrou que é o terceiro ano consecutivo que a agricultura gaúcha é afetada pela estiagem. “Além de medidas emergenciais, é urgente que o governo federal e estadual executem políticas públicas para mitigar os efeitos e preparar as propriedades para estes estados de calamidade”, disse.

De acordo com a federação, não é possível calcular o porcentual de perdas no Estado, porque os danos variam conforma a região. Algumas localidades reportam perda total nas lavouras de milho verão e silagem.

(Broadcast Agro)