Departamento de Agricultura dos EUA reajusta para cima consumo interno e importações de carne bovina chinesa para 2023
O USDA divulgou nesta quinta-feira (12/01/23) o relatório sobre o mercado pecuário e de frango, com novas estimativas de produção, consumo, exportação e importação para as principais proteínas animais do mundo.
Houve revisão para cima na produção de carne bovina brasileira (+1%) frente a última estimativa, mas o que mais chamou nossa atenção foram as mudanças na previsão de consumo interno e importações de carne bovina chinesas para 2023.
O Departamento de Agricultura dos EUA revisou sua estimativa de consumo interno de carne bovina chinesa em 5,08% para 2023, saindo de uma projeção de 10,33 milhões de toneladas para 10,86 milhões de toneladas, no comparativo anual, o que antes era um crescimento de 0,83% (2023 contra 2022) virou uma expansão de 2,84%, ou seja, o USDA estima que os chineses vão comer 300 mil toneladas a mais de carne bovina em 2023.
E isso impactou diretamente a projeção de importação de proteína bovina chinesa. No último relatório divulgado pelo USDA em out/22, a estimativa apontava para importações de 2,85 milhões de toneladas, o número atual é de 3,52 milhões de toneladas (+23,68%). No comparativo anual, o que em out/22 era uma queda de 9,24% se tornou uma expansão de 2,17%, com a China importando cerca de 75 mil toneladas a mais do que em 2022.
A justificativa para essas alterações é a reabertura acelerada da economia chinesa, com o consumo ganhando força em hotéis, restaurantes e setor institucional. E na nossa visão pode dar fôlego para que o boi gordo brasileiro não sofra com uma grande pressão de oferta durante esse ano.