O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgou suas projeções de longo prazo para a produção agrícola do Estado até 2031/32. Para a soja, a perspectiva é de crescimento de 55,7% na produção, de 40,85 milhões de toneladas em 2021/22 para 57,97 milhões de toneladas em 2031/32. O incremento de área deve ser de 43,80% no período, de 11,47 milhões para 16,50 milhões de hectares. O aumento deve vir da utilização de áreas de pastagem. “Produtor não vai desmatar nenhuma área, essas áreas já estão sendo ocupadas com produção pecuária no momento”, disse a coordenadora de Desenvolvimento Regional do Imea, Vanessa Gasch, em live, realizada ontem (14).

Segundo Gasch, o incremento de produção de soja terá como base o aumento da demanda externa, acompanhando o crescimento populacional e econômico no mundo, que devem elevar a demanda por proteínas e, consequentemente, por ração, no período.

Já para o milho, a colheita em Mato Grosso deve aumentar 84,18% até 2031/32, para 80,74 milhões de toneladas. “Além da demanda externa, temos um mercado interno aquecido nas próximas safras”, disse Gasch. “Tivemos uma mudança de cenário nas últimas três a quatro safras com a implantação das usinas de etanol de milho no Estado.” Projetos de etanol de milho em implantação em Estados vizinhos também poderão ser atendidos pelo cereal mato-grossense, segundo a representante. O aumento de área até 2031/32 deve ser de 62,43%, para 11,61 milhões de hectares.

Quanto ao algodão, o crescimento esperado até 2031/32 é de 113,39%, para 3,87 milhões de toneladas de pluma. A área deve crescer 69,73% no mesmo intervalo, para 2 milhões de hectares. “Nas perspectivas do curto prazo há incerteza com a demanda pela pluma, mas nos próximos anos esperamos crescimento linear até alcançar os 3,87 milhões de toneladas de pluma no Estado”, disse a representante.

(Broadcast Agro)