O Instituto Nacional de Carnes (INAC) do Uruguai apresentou o fechamento estatístico do ano, com volume aproximado de 520 mil toneladas de peso carcaça sendo exportadas, avaliando 2022 como um bom ano em sua totalidade, apesar da queda de valores no último semestre.
O gerente de informações do INAC, Jorge Acosta, informou que “o interessante” é que vamos estar com crescimento nas exportações. “Se contarmos todas as carnes, estaremos bem acima de US$ 3 bilhões. Não necessariamente em volume, porque vai cair, mas com um preço que estava muito bom e cresceu. É 18 ou 20% a mais na carne bovina. Com menor volume, mas com recuperação de valor, muito próximo dos 5 mil dólares por tonelada”, destacou.
No fechamento estatístico do ano, destacam-se níveis de abate de bovinos acima da média histórica. Com variações significativas nos níveis de atividade ao longo do ano, estima-se um abate bovino para 2022 com uma queda (entre 7-9%) em relação a 2021, ficando acima de 2,4 milhões de cabeças; produto de um primeiro semestre com alto abate que completou mais de 1,34 milhão de bovinos e consequentemente acumulará mais de 56% do abate anual. Estes números colocam 2022 acima da média dos últimos 20 anos (2,2 milhões).
Com volumes um pouco menores do que em 2021, o setor de carnes completará uma receita total de exportação de aproximadamente US$ 3,3 bilhões como resultado do aumento médio dos preços das colocações no exterior, o que significa um crescimento de aproximadamente 10%. Com um crescimento levemente inferior (+4,8%), o mercado chinês vai gerar divisas perto de US$ 1,8 bilhão no final de 2022, o que representa 56% das receitas totais e determina um crescimento de cerca de 200 milhões com o principal parceiro comercial da o setor de carnes.
A carne bovina atingiria um volume de aproximadamente 520 mil toneladas peso carcaça; cerca de 50 mil toneladas a menos que 2021 (-9%), verificando-se uma quebra em todos os mercados, exceto nos Estados Unidos (+9,5% de recuperação); mas com um valor médio por tonelada superior e que terminaria o ano com uma média anual acumulada próxima de USD 5.000/ton.
(BeefPoint)